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Brasil Eleições 2012
Sexta - 05 de Fevereiro de 2010 às 23:09

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O presidente Luiz Inácio da Silva anunciou oficialmente hoje que a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil), provável candidata do PT à sucessão presidencial, deixará o governo no início de abril para se dedicar a "outras tarefas".

O anúncio ocorreu durante a inauguração de uma estação de tratamento de esgoto em São Leopoldo, na região metropolitana de Porto Alegre (RS).

Diante de um público de cerca de 3.000 pessoas, Lula exaltou a capacidade gerencial da ministra, que "trabalha até duas horas da manhã" e "briga" para que as obras do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) saiam do papel.

Pouco antes da desincompatibilização de Dilma em abril, o governo vai lançar --no dia 26 de março-- a segunda versão do PAC, um planejamento de investimentos a serem feitos durante a gestão do próximo presidente, declarou Lula.

Boa parte do discurso de Lula foi dedicada às suas viagens com Dilma pelo Brasil --questionadas pela oposição como uma forma disfarçada de campanha eleitoral antes do prazo legal. Segundo Lula, os roteiros pelo país são necessários para acompanhar o andamento das obras e dar rapidez à execução.

"Muita gente questiona que o Lula viaja demais, que a Dilma viaja demais, mas obra do governo é que nem a gente aprendeu de criança: o que engorda o porco é o olho do dono."

Ao defender as viagens, Lula criticou prefeitos e governadores que omitem o investimento federal em obras realizados em suas regiões. Não citou nomes.

"Se a gente não vem visitar, você pensa que quem governa a cidade ou o Estado coloca que a obra é do governo federal? Não, eles marcam como se fosse deles", disse o presidente.

Imprimindo um tom de comparação que muitos petistas defendem como linha de campanha da campanha presidencial de Dilma, Lula mencionou os investimentos federais feitos pelo antecessor tucano Fernando Henrique Cardoso (1995-2002), sem mencioná-lo nominalmente.

"[O ex-governador petista do RS] Olívio [Dutra, 1999-2002] sofreu para governar este Estado sem um centavo do governo federal. Nós não deixaremos de dar um centavo porque o governador é de outro partido político", discursou.

Lula também exaltou o trabalho de Tarso Genro, pré-candidato petista ao governo gaúcho, pela criação do ProUni (programa de bolsas para universitários) e de uma universidade no Rio Grande do Sul durante o período em que comandou o Ministério da Educação.

Tarso, que é ministro da Justiça desde 2005, deve deixar o cargo na próxima semana para se dedicar à campanha.

No final da tarde, em Porto Alegre, Dilma não quis comentar o anúncio feito do presidente e disse que nem é pré-candidata ainda. "Tenho de respeitar os 300 mil militantes do PT. São eles que darão sustentação a qualquer projeto de sucessão do presidente", afirmou ela.






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