Voo da Ethiopian Airlines com 90 pessoas caiu no mar pouco depois de decolar de Beirute
Equipes resgatam 23 corpos após queda de avião no Líbano

Equipes de resgate retiraram pelo menos 23 corpos do mar Mediterrâneo após a queda de um avião da Ethiopian Airlines com 90 pessoas a bordo perto de Beirute, capital do Líbano, informaram nesta segunda-feira (25) autoridades libanesas citadas pelo jornal The New York Times.

O voo 409 da Ethiopian, que tinha como destino a capital da Etiópia, Adis Abeba, decolou às 2h35 no horário local (22h35 de Brasília) e caiu no mar poucos minutos depois.

Segundo as primeiras informações das autoridades locais, o avião, um Boeing 737-800, pode ter sido atingido por um raio. Chovia e ventava muito no momento da decolagem.

O presidente do Líbano, Michel Sleimane, descartou nesta segunda-feira (25) a possibilidade de atentado terrorista:

- Até agora, descartamos qualquer ato de sabotagem.

O ministro dos Transportes do Líbano, Ghazi Aridi, indicou que o voo 409 da Ethiopian Airlines perdeu contato com a torre de controle do aeroporto de Beirute pouco depois decolar:

- A torre de controle perdeu contato de repente.

A mídia local informa que Marla Sanchez Pietton, mulher do embaixador da França no Líbano, Dennis Pietton, estava a bordo da aeronave.

Segundo as primeiras informações da companhia aérea, não havia brasileiros no voo.

O Consulado Geral do Brasil no Líbano também diz que ainda não recebeu qualquer informação sobre brasileiros envolvidos na tragédia.

Empresa é referência em segurança na África

A Ethiopian Airlines é a maior empresa aérea da África. Embora as companhias aéreas da região tenham, em sua maioria, históricos ruins de segurança, a empresa etíope é exceção.

Desde 1970, a companhia registrou dois apenas acidentes fatais, sendo um deles em 1996, quando um avião sequestrado caiu ao tentar fazer um pouso de emergência, matando 123 pessoas.

Este é o primeiro acidente grave no aeroporto de Beirute desde 1987.