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Economia
Quinta - 14 de Janeiro de 2010 às 07:35
Por: Marianna Peres

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O governador de Mato Grosso, Blairo Maggi, confirmou ontem, após reuniões em Brasília, que coloca a Companhia Mato-grossense do Gás, a MT Gás, à venda, para dar celeridade às negociações que buscam solução definitiva para a crise no gás natural no Estado.

A estatal local será oferta somente à Petrobras, como parte de uma proposta maior, que incluiria a venda da usina térmica de Cuiabá, geradora de energia controlada pela Empresa Produtora de Energia (EPE), pertencente à Pantanal Energia. Mesmo com o esforço do governo do Estado, não há manifestação da Pantanal Energia sobre a viabilidade do negócio. Um anúncio é aguardado para próxima semana.

A decisão do governo estadual foi oficializada durante conversas com o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão e com a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Roussef. Os dois ministros se comprometeram, segundo Maggi, em fazer os encaminhamentos internos no âmbito do governo federal. Segundo Maggi, a térmica também foi ofertada e questionado sobre a recepção da proposta, ele disse que ficou a “impressão, na conversa com os ministros, que a tendência é que a proposta dê certo e levada adiante na esfera federal. Oficializei a oferta para tornar o negócio com a térmica mais atrativo à Petrobras e como forma de facilitar a compra”.

Maggi sabe que além de convencer a União sobre a viabilidade e necessidade da proposta, terá de obter o aval da assembleia legislativa. “Tenho conhecimento de que preciso da autorização da Assembleia”, reforça. Maggi vai esperar agora os encaminhamentos internos feitos pelos ministros.

PROPOSTA – O anúncio de que a vendas das empresas – usina e MT Gás – seria a forma mais célere e eficaz para o Estado veio a público ontem, após encontro do governador com a senadora Serys Slhessarenko, na última terça-feira. Na ocasião, Ambos, como reportou a parlamentar, se comprometeram a fazer gestão junto à Petrobrás, no sentido de retomar o funcionamento da usina por meio desta negociação.

Na terça-feira, Maggi exigia uma formalização da oferta de venda, por parte da EPE, à Petrobras. Nos bastidores o que diz é que se Maggi tratou do assunto em Brasília, é porque há de fato, o aval da Pantanal Energia.

CRISE - Os problemas de abastecimento no Estado tiveram início em 2006, após a nacionalização dos hidrocarbonetos pelo presidente boliviano Evo Morales, mas se acirraram no ano seguinte, quando o combustível foi suspenso à usina térmica e em 2008 e 2009, a escassez atingiu os veículos.

Mesmo com um contrato assinado entre Mato Grosso e Bolívia, em setembro do ano passado, que garante fornecimento por dez anos, o Estado está sem gás natural há pouco mais de 40 dias, quando as reservas que eram ainda extraídas dos dutos, permitiam pressão e a distribuição. Já a usina, Mário Covas, está desativada há mais de dois anos por falta do insumo. (Colaborou Noelma Oliveira)






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