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Repórter News - reporternews.com.br
Cidades/Geral
Terça - 15 de Dezembro de 2009 às 09:16
Por: Caroline Rodrigues

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Vinte pais de alunos que foram impedidos de fazer o Vestibular 2010 do Instituto Federal do Mato Grosso (IFMT) formalizaram uma denúncia no Ministério Público Federal (MPF) e pediram o cancelamento da seleção. Os fiscais não deixaram os estudantes fazer a prova por falta dos documentos exigidos, o que é questionado pelos responsáveis.

Alessandra Mirachi, 35, conta que o filho dela estava com a certidão de nascimento, bem como carteira de estudante com foto e também CPF. Ela alega que no edital, número 035, pedia o documento de identificação, usado na inscrição, e um com foto. Ela usou o CPF do menino para retirar o comprovante na internet e diz que atendeu as exigências do edital.

A mãe estava presente no domingo (13), dia da prova, e tentou argumentar com os servidores e com o reitor da instituição, José Bispo Barbosa, que segundo Alessandra só recebeu os pais e candidatos depois que a imprensa chegou ao local. Ela assegura que a fiscalização foi rígida só em alguns casos, porque muitas pessoas conseguiram fazer a prova sem identidade.

Os candidatos que sentiram-se lesados fizeram boletim de ocorrência. Alessandra conta que apenas em 1 dos registros estava com 14 pessoas e ela estima que cerca de 30 alunos fizeram a comunicação oficial. Agora, os pais vão procurar a Delegacia Especializada de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescentes (Deddica). No local, eles querem formalizar outra denúncia, desta vez pela violência e descaso presenciados pelos estudantes.

O professor Airam dos Santos, 41, relata que o tumulto foi grande. O cadeado dos portões foi quebrado pelos candidatos que estavam revoltados. A filha dele tem 13 anos e ficou assustada com a situação. O empurra-empurra feriu o pé da jovem, que percebeu o ferimento apenas quando chegou em casa. "Os policias estavam com cassetetes e spray de pimenta em punho. Nem parecia uma escola".

Outra candidata chegou a perder os sentidos. O pai, Genildo Ginu de Souza, afirma que a menina foi na sala do reitor e viu ele tomando café. A estudante falou para Genildo que perguntou para o responsável da instituição se não ia fazer nada e que o problema podia gerar violência. Quando desceu as escadas, ela teve um breve desmaio, devido ao nervosismo. Os pais dizem que na confusão o reitor afirmou que certidão de nascimento não era documento e que as inscrições foram realizadas pela internet, que aceita tudo.





Fonte: A Gazeta

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