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Agronegócios
Sexta - 11 de Dezembro de 2009 às 09:30

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O impacto do dólar sobre as principais commodities mato-grossenses pode ser observado na perda de 9,51% sobre o valor bruto da produção agrícola em 2009, comparado com 2008, já deflacionado. O percentual é o segundo maior do Centro-Oeste e o dobro da desvalorização estimada para o Brasil que é de 4,4%.

No intervalo de um ano, o valor da produção de Mato Grosso passou de R$ 21,85 bilhões para R$ 19,77 bilhões, conforme levantamento da Assessoria de Gestão Estratégica do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (AGE/Mapa), com base nos números de novembro.

Mesmo refletindo a crise mundial que ainda suprime o dólar e valoriza o real, a renda estimada para o atual exercício será a segunda melhor em cinco anos, mostrando que o pior momento no campo ficou de fato entre 2005 a 2007, quando o custo da produção dessas safras não permitiu renda, em função do desequilíbrio gerado com o dólar alto na aquisição dos insumos para o plantio e o dólar em baixa no momento de comercializar a produção.

Entre as principais culturas, apenas a soja e o arroz tiveram um 2009 positivo em relação a 2008. O valor bruto da produção da soja – carro chefe da agricultura e das exportações estaduais - passou de R$ 11,77 bilhões, para R$ 12,49 bilhões, alta de 6,11. O arroz que teve uma safra 08/09 de recuperação mostrou reação no valor ao crescer 17,30%, passando de R$ 445 milhões para R$ 522 milhões.

Já o algodão e o milho amargaram desvalorizações. O primeiro viu o valor da produção passar de R$ 5,35 bilhões em 2008 para R$ 3,44 bilhões. O milho teve o valor reduzido de R$ 3,04 bilhões para R$ 2,11 bilhões.

A produção nacional deverá fechar 2009 em R$ 153,30 bilhões, contra R$ 160,43 bilhões, queda de 4,44%.

2010 - O Mapa elevou a estimativa do VBP agrícola do Brasil para as lavouras no próximo ano. No levantamento realizado há um mês, a expectativa era de um crescimento de apenas 0,9% em 2010 na comparação com o resultado obtido em 2009 (R$ 153,3 bilhões, já descontada a inflação). Agora, espera-se um aumento de 2,3% para o próximo ano, o que resultaria num total de R$ 156,84 bilhões.

Segundo o coordenador da AGE, José Gasques, as previsões, ainda iniciais, indicam que o valor da produção de 2010 poderá compensar as perdas de 4,4% ocorridas em 2009. “Os valores da produção referentes ao próximo ano expressam o comportamento de quantidades produzidas e preços, que mostram a tendência de crescimento para vários produtos estudados”, comenta.

Ainda não há valores regionais disponíveis para 2010, portanto, as estimativas apresentadas no mês passado mantêm-se praticamente inalteradas. A região Norte permanece como a única, com aumento no valor da produção de 11%, em 2009. As maiores reduções ocorreram no Sul (10,4%) e no Centro-Oeste (8,6%).





Fonte: Diário de Cuiabá

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