Polícia Civil desarticula esquema de extorsão em Primavera do Leste

Um advogado e um policial civil foram presos em flagrante pela Polícia Judiciária Civil, na quinta-feira (12.07), em Primavera do Leste (232 km ao Sul). Os acusados são apontados como atores de um esquema de extorsão de dinheiro, para supostamente impedir que as suas vítimas fossem presas.



 

A função do policial no esquema de extorsão era dar credibilidade ao golpe, atuando como o fornecedor de informações das investigações realizadas pela Delegacia. Com apoio do investigador, o advogado passava a pressionar as vítimas, dizendo que elas estavam sendo alvo de investigação e que teriam o mandado de prisão decretado, pela Justiça. O advogado passava a exigir dinheiro das vítimas para supostamente impedir a decretação da prisão.



 

Uma vítima, que estava sendo extorquida há quatro meses, decidiu procurar a Delegacia Especializada de Roubos e Furtos (Derf) de Primavera da Leste, para saber se havia algum procedimento pelo qual estava sendo investigado e ao descobrir que não era suspeito de nenhum crime, denunciou o golpe.



 

Posteriormente, a vítima foi até o escritório do advogado, onde conseguiu gravar uma conversa entre ela e o advogado e parte de outra, entre o advogado e o policial. Nas gravações, ficou evidenciada a ação da dupla, em busca de extorquir dinheiro da vítima.



 

Os acusados foram presos em flagrante em frente ao escritório de advocacia. O advogado foi autuado em flagrante pelos crimes de corrupção ativa, tráfico de influências e extorsão. O policial responderá pelo crime corrupção passiva.



 

Segundo o delegado da Derf de Primavera do Leste, Marcelo Fernandes Jardins, há suspeita de que outros policiais estejam envolvidos no crime. “O advogado e o policial foram presos em situação de flagrante, mas temos informações, que ainda precisam ser apuradas, de que mais 5 policiais podem fazer parte do mesmo esquema.”, explicou o delegado.


 

Por ser ex-diretor da Cadeia Pública de Primavera do Leste, a Justiça decretou a prisão domiciliar do advogado. O investigador continua detido na Derf.