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Sexta - 23 de Outubro de 2009 às 14:08
Por: Cirlene Lopes

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Vixe! Ixi! Deus o livre! Um paraíso! Uma benção! Maravilha! Estamos no céu! 100%! Essas são algumas das expressões utilizadas para demonstrar o sentimento dos usuários da rodovia MT-170 e MT-235 com a chegada do asfalto que será inaugurado nesta sexta-feira (23.10) e sábado (24).

Na MT-170, Campo Novo do Parecis - Juína, são 342 quilômetros e na 235 de Sapezal- Campo Novo do Parecis, 60,8 km. Asfalto que melhorou a vida de grandes produtores, com a redução do custo de fretes, transporte de grãos, logística, acesso aos portos, entre outros. Mas que transformou também a realidade do pequeno hortifrutigranjeiro Sidnei Góes, morador de Juína há 25 anos, pequeno hortifrutigranjeiro. Com um sítio na MT-170 entre Juína e Brasnorte, Sidnei não esconde o alívio com o fim da estrada de chão. “Meu Deus do céu, não lembro nem de quantas vezes passei fome por ficar atolado, com o carro quebrado nessa estrada. Tinha vez que nem moto conseguia passar”, salientou.

Ao abordar caminhoneiros, motoqueiros, motoristas e até um boiadeiro, é fácil constatar que os benefícios de uma rodovia pavimentada representam mais que dar suporte logístico. Nilson de Jesus, transporta animais, boiadas. Em tempos de lama e poeira viu muito animal morrer na estrada. “Hoje tô no céu, é bom demais”, exclama o boiadeiro.

Almiro Liberalli, 60 anos, caminhoneiro de Vilhena (RO), fazia o trajeto entre Campo Novo do Parecis e Brasnorte, na MT-170, ele e o enteado Edmar Leonardi conduziam dois caminhões, transportavam adubo e vinham de Londrina no Paraná. “O asfalto é fundamental, a gente tem mais conforto, segurança e ganha mais. Estrada de chão acaba com pneu, quebra tudo, gasta mais”, comentou o caminhoneiro.

Além de trabalho, a pavimentação propicia o lazer, a interatividade entre as pessoas. Quem não tinha coragem de enfrentar as condições da estrada agora já faz planos para "pegar o asfalto". É o caso de Raquel Fernandes, comerciante em Juína, ela diz que melhorou muito e que agora passou o tempo em que pensava duas vezes antes de viajar. Inclusive Raquel lembra de quando compraram (ela e o marido) uma caminhonete L-200 zero, e foram passear na capital, enfrentaram um atoleiro que provocou alteração na pintura e descascou toda a pintura do carro novo. “Estragou todinha, foi uma dor no coração, sem falar no bolso”, brinca Raquel. “Quem estava isolado o asfalto integrou”, disse a comerciante.

Sônia Bartox, 29 anos, está há 20 em Juína e nunca foi a Cuiabá, a cidade mais longe que foi é Juara. Sônia nunca se animou a enfrentar os atoleiros. “Agora posso até pensar em ir conhecer a capital”, frisou. E atolar não era dificuldade de alguns, a dona-de-casa Márcia Alves da Silva, define bem: “Só não atolou quem não foi, ou foi de avião”, afirmou.

Antônio Miguel da Silva, 62 anos, mora no distrito de Água da Prata e conta que o trajeto de 55 quilômetros que gastava meio dia hoje se faz em meia hora. “Quando falava em asfalto eu pensava que era brincadeira,” disse o pequeno produtor, que agora comemora o escoamento da produção de milho, feijão, entre outros.

A alegria com a inauguração contagia também o comerciante Antônio Alano, dono do restaurante e peixaria do rio Juruena. Instalado no local há 7 anos, está muito feliz com o asfalto. Vindo do Paraná, mora Juína desde 1987. Antônio e a mulher Maria Denise Araújo citam benefícios com a pavimentação. “Vamos ficar livre da sujeira, eu limpava o balcão quando virava já estava sujo. O banheiro eu ficava com vergonha, não adiantava limpar,” disse Maria Denise.

Antônio lembra-se da promessa feita pelo governador e já o recebeu outras vezes em visita à peixaria e disse que sempre acreditou e esperou o asfalto.

O ex-prefeito Ságuas Moraes, atual secretário de Estado de Educação, destaca que a inauguração da MT-170 representa garantia de dignidade para as pessoas daquela região.





Fonte: Redação/Secom-MT

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