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Segunda - 10 de Agosto de 2009 às 14:14
Por: Débora Siqueira

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A Secretaria de Desenvolvimento Rural (Seder) quer aumentar a produção e o consumo de peixes de Água Doce, e para isso, será lançado o Programa Mato-grossense de Desenvolvimento da Aquicultura, o Criar Nágua. As diretrizes, propostas para o setor e os investimentos para potencializar a aquicultura serão apresentadas durante o 2º Congresso Brasileiro de Produção de Peixes Nativos de Água Doce, de 25 a 28 de agosto, no Centro de Eventos do Pantanal. O programa também vai desvendar mitos que ainda permeiam a criação de peixes de tanque como “peixe de tanque tem gosto de barro”.

Conforme o secretário de Desenvolvimento Rural e presidente do Congresso, Neldo Egon Weirich, a aquicultura tem grande potencial de desenvolvimento tanto a produção de peixes, quanto de rãs, quelônios (tartarugas) e jacarés. A estimativa é de que haja mil pisciculturas no Estado com a produção de 20 mil toneladas de pescado. “Cuiabá concentra a comercialização e o grande consumo do pescado. A ideia é de que em todas as regiões seja fomentado o consumo e a produção”.

Os grandes mercados consumidores de pescado em Mato Grosso são Cuiabá, Várzea Grande, Rondonópolis, Barra do Garças, Cáceres, Sinop, Alta Floresta, Sorriso, Lucas do Rio Verde e Juara. A região Norte como Guarantã do Norte e Terra Nova do Norte encontram a produção e o consumo, mas em pequena quantidade, de rã da espécie Touro Gigante. O consumo de carne de jacaré começa a ganhar espaço com o abate pelo frigorífico em Cáceres. Em Poconé, também abate jacarés e fornece a carne para supermercados da capital.

De acordo com a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), a aquicultura brasileira registrou crescimento superior a média mundial, passando de 20,5 mil toneladas em 1990 para 270 mil toneladas em 2004. No ranking da América do Sul, o Brasil é o segundo país em importância na produção aquícola, ficando atrás do Chile.

Mato Grosso está em primeiro lugar na produção de peixe nativo de água doce e o quinto na produção total da aquicultura. São produzidas anualmente cerca de 16.627 toneladas de peixe, com destaque para a criação de pacu, tambacu e tambaqui. O Estado detém 51,8% da fatia da aquicultura na região Centro-Oeste e 6,2% do mercado nacional.

Numa previsão para os próximos 20 anos, a FAO aponta que será necessário um incremento de 37 milhões de toneladas adicionais para manter o ritmo de consumo de pescado no mundo. A pesca tradicional já atingiu a capacidade e a piscicultura é a uma das formas de aumentar a produção.





Fonte: Assessoria/Seder

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