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Quarta - 22 de Julho de 2009 às 09:49

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O Sindicato dos Trabalhadores Telefônicos de Mato Grosso (Sinttel) denunciou ontem que 50 funcionários já foram demitidos no Estado, após a fusão das operadoras de telefonia, Oi e Brasil Telecom (BrT). Como explica o Sinttel, a maioria dos funcionários desligados pertencia às áreas de mercado e vendas da nova empresa. Somente na última segunda-feira, 17 pessoas perderam o vínculo com a empresa.

Os anúncios de demissões vêm sendo feitos desde fevereiro, quando 400 postos de gerência em todo o país foram eliminados logo no início das operações da Oi. “Agora, aos poucos e de forma silenciosa, os cortes atingem cargos inferiores. A Oi alega reestruturação das operações”, diz nota do Sinttel enviada na tarde de ontem.

O Sindicato vê as demissões como algo muito negativo ao setor porque os empregados das lojas franqueadas estão sendo substituídos por trabalhadores terceirizados, o que gera insegurança quanto às questões trabalhistas. “Primeiro teremos mais desempregados no Estado. Segundo, que a terceirização no setor de telecomunicações gera precarização total das condições de trabalho”, diz o diretor presidente do Sinttel, Lauro Benedito de Siqueira.

A remuneração destes trabalhadores é, em média, um terço menor do que a dos assalariados que têm vínculo direto com a empresa, no exercício da mesma atividade. “Os terceirizados também perdem garantias e direitos trabalhistas conquistados através da negociação coletiva”, destaca Siqueira.

Siqueira ressalta ainda que na época da compra da BrT pela OI, foi negociada uma contrapartida com a Agência Nacional de Telecomunicões (Anatel), para que a empresa mantivesse a mesma quantidade de postos de trabalho até 2011. Contudo, os sindicatos - que são contra as demissões, mas não podem evitá-las - se dispõem a negociar sobre a reestruturação e tentam melhorar as condições de desligamento. Por exemplo, o Sinttel conseguiu junto a Oi que, em fevereiro, todos que forem desligados até o dia 31 de julho, recebam um incentivo como forma de amenizar as conseqüências da falta de emprego.

A OI – A Oi implantou neste mês, mais uma etapa do programa de integração com a Brasil Telecom, iniciado em janeiro deste ano. Esta etapa completa a fase de integração do modelo organizacional e operacional das empresas. Na nota, a operadora esclareceu que em nenhum momento do processo de fusão, feriu o compromisso acertado com a Anatel. A base firmada de comparação para evolução de postos de trabalho é fevereiro de 2008, quando houve a ratificação do negócio entre as duas empresas. No contexto a companhia firmou compromisso com a Anatel de manter, por três anos, o mesmo número de postos de trabalho existente nas duas empresas que era de 25.542 mil. Em julho deste ano o número ficará no patamar de 30.060, com adição líquida de 4.518 postos de trabalho.

Nesta mesma comparação, a soma de todas as empresas do grupo Oi revela aumento do número de postos de trabalho: saindo de aproximadamente 88 mil postos de trabalho em fevereiro de 2008 para mais de 103 mil em julho de 2009, com adição líquida de 15 mil postos de trabalho.

O processo de terceirização do serviço de operação e manutenção de planta da Oi e a gestão de franquias de lojas somarão cerca de 1.060 postos de trabalho na Nokia Siemens e nos franqueados.





Fonte: Diário de Cuiabá

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