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Cidades/Geral
Terça - 21 de Julho de 2009 às 07:00
Por: Rene Dióz

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O único hospital de Poconé (a 104 quilômetros de Cuiabá) corre o risco de ser fechado até o fim do ano. A previsão aterradora é da direção do próprio Hospital Geral de Poconé, a Sociedade Beneficência Poconeana, instituição filantrópica que não está mais conseguindo sustentar a estrutura financeiramente. Além de ser a única unidade hospitalar de Poconé, a estrutura é praticamente a única referência para a saúde da população pantaneira em geral (fazendas e municípios do entorno) e atende em média 20 pessoas por mês.

“Não temos como continuar até o final do ano”, afirma o taxativo presidente da Sociedade, Benedito Pinto de Moraes, caso não cheguem – e logo – novas ajudas financeiras. O hospital já buscou ajuda com parlamentares, outras prefeituras e o próprio governo do Estado, mas até hoje se vê abandonado pelo poder público, como diz a direção.

Atualmente, o hospital conta apenas com repasses do Ministério da Saúde e da prefeitura de Poconé. Moraes já adianta que os repasses nunca foram suficientes e o hospital sempre contou com as doações para incrementar sua receita. Há anos, leilões, campanhas de doações, fazendeiros e empresários foram responsáveis pela manutenção do local e para amenizar seu saldo negativo.

Entretanto, agora as dívidas ameaçam o pleno funcionamento do local. Somente este ano, já foram acumulados pelo menos R$ 90 mil em dívidas. Isso porque, ali, os custos são constantes: há de se comprar medicamentos, pagar funcionários, serviços de lavanderia, etc. Para piorar, ainda tem de ser feita sistematicamente manutenção no prédio de 66 anos, que está em penhora ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) devido ao acúmulo de dívidas. A Sociedade filantrópica mantenedora do hospital diz que não existem condições mínimas de quitar a dívida com a previdência de imediato.

Para solucionar a situação financeira do hospital, a Sociedade faz um apelo visando sensibilizar o secretário de Estado de Saúde Augustinho Moro para que seja feito um convênio. O argumento é de que o hospital não restringe o atendimento aos poconeanos, mas o oferece a toda a região pantaneira. Se fechar as portas, cogita Moraes, é bem provável que aumentará consideravelmente a demanda no Pronto-socorro de Cuiabá.

A assessoria de imprensa da Secretaria de Estado de Saúde (SES) esclareceu ontem que o secretário Augustinho Moro não pode se pronunciar sobre hospitais que não sejam públicos e que, no caso do Hospital Geral de Poconé, o assunto fica como uma questão a ser tratada no âmbito municipal devido a seu caráter filantrópico-particular.




Fonte: Diário de Cuiabá

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