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Agronegócios
Sábado - 11 de Julho de 2009 às 06:31
Por: Denise Niederauer

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O Estado de Mato Grosso alcançou novamente o maior índice de sua história, 99,72%, na cobertura vacinal contra a febre aftosa referente à primeira etapa de vacinação deste ano, doseu rebanho de bovinos e bubalinos de 0 a 24 meses de idade. O anúncio foi feito pelo presidente do Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso, (Indea-MT), Décio Coutinho em entrevista coletiva realizada nesta sexta-feira (10.07), na sala de reuniões na sua sede, em Cuiabá.

O presidente do Indea apresentou os números da etapa de maio da campanha da erradicação da febre aftosa em Mato Grosso. Do rebanho inclusos nesta faixa etária, de 10.687.432, ou seja, 10.657.065 animais foram imunizados. “Este índice que chegamos em 2009, (o mesmo de 2008) na etapa de maio, isso demonstra o grau de responsabilidade dos produtores rurais mato-grossenses”, afirmou Décio Coutinho ao acrescentar que a vacinação cobriu 100% do rebanho, porque os pecuaristas que não participaram da campanha voluntariamente foram autuados e os animais foram vacinados com supervisão do Instituto.

Décio Coutinho ressaltou que os índices de cobertura no Estado em todas as etapas são positivamente progressivos e o fato deste ano superar em quase 0,5% o índice apresentado no ano passado referente à mesma etapa (99,23%), pode ser considerado um resultado excelente. O investimento foi R$ 1,3 milhão no trabalho de acompanhamento, controle de comercialização e fiscalização das vacinas e foram utilizadas 13 milhões de doses da vacina. Ele destacou a importância dos parceiros neste trabalho.

Nesta etapa da vacinação, a maior cobertura foi em Cáceres, 99,99%, e o menor índice de cobertura voluntária foi de 99,46%, em Juína. Este município foi o único do Estado a conseguir 100% de imunização no mesmo período do ano passado. Décio Coutinho lembra que o preconizado pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) para reconhecimento de área livre de febre aftosa com vacinação é um índice mínimo de imunização de 98%. Desde maio de 2005, Mato Grosso não teve qualquer cobertura inferior a 99%.

Para alcançar esses números, o presidente do Indea disse que foram utilizadas estratégias para cobrir pontos de estrangulamento. Essas dificuldades são em relação ao deslocamento do produtor rural até a sede do município para comprar a vacina e fazer a comunicação após a vacinação, além do armazenamento do produto, que tem de ser mantido em temperatura entre dois e oito graus Celsius. Isso ocorre principalmente em assentamentos rurais e em áreas indígenas. Mato Grosso é o Estado do país com maior número de assentamentos.

PARCEIROS

Para isso, o Indea criou a figura do vacinador comunitário, identifica pessoas do meio que tenham um perfil e adequado e oferecem treinamento para o trabalho, em convênio com o Senar. Eles são capacitados pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Rural - Administração Regional do Estado de Mato Grosso - SENAR-AR/MT, responsável pela formação do Profissional Rural. Segundo Antônio Carlos Carvalho de Souza, gerente-executivo do Fundo Emergencial de Febre Aftosa (Fefa), e superintendente do SENAR-AR/MT, depois desse treinamento aliando o fator principal do ótimo resultado é obtido pela responsabilidade do produtor. “O sucesso desse trabalho é fruto da conscientização de todos em garantir a sanidade animal do rebanho”, concluiu.

O superintendente federal do Mapa em Mato Grosso, Francisco Moraes Chico Costa disse que é fundamental e extremamente importante o trabalho desenvolvido pelo Indea. O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), que é responsável pelo programa nacional de vacinação está cumprindo com todos os compromissos, “desde a liberação dos recursos nos prazos estabelecidos, garantindo o estoque de vacinas necessárias no mercado e evitando qualquer alteração no seu preço”, pontuou.

De acordo com Luciano Vacari, superintendente da Acrimat, os pecuaristas de Mato Grosso mais uma vez cumpriram com sua principal obrigação que é a de imunizar o gado contra a febre aftosa, pois ele sabe que isso depende de sua participação num mercado cada dia mais competitivo e com regras rígidas, principalmente quanto à sanidade bovina. “Quase 100% dos pecuaristas de Mato Grosso compraram a vacina contra a febre aftosa, conservaram-na de forma apropriada, acordaram às 4 da manhã para vacinar seu gado e depois comunicaram aos órgãos competentes que fizeram a lição de casa, tudo de forma voluntária”, disse.

Décio Coutinho destacou que ao contrário dos anos anteriores, em 2009 o Estado passou a ter apenas duas etapas de vacinação contra a febre aftosa, sendo uma em maio para animais e outra realizada em novembro, que se refere a animais de todas as faixas. A redução da obrigatoriedade da vacinação já era um pedido antigo do setor, que só foi possível ser atendido após o parecer favorável com base em estudos de campo e científicos, além dos excepcionais índices de vacinação alcançados em Mato Grosso. Ele lembrou que no dia 31 de dezembro deste ano, o Indea comemora 30 anos. “Vamos comemorar essa data especial, e Mato Grosso foi o primeiro Estado brasileiro a criar um instituto de defesa animal”, encerrou.

Valney Souza Corrêa, presidente do Conselho Regional de Medicina Veterinária e Zootecnia do Estado de Mato Grosso (CRMV-MT), elogiou as ações do governo e os esforços dos profissionais do Estado no trabalho de controle da doença e na aplicação de métodos de vigilância. “Os técnicos da Indea e os produtores rurais são responsáveis pelos resultados alcançados, é de fundamental importância dar continuidade a esse trabalho”, concluiu.

Participaram da coletiva técnicos do Indea-MT, e representantes da campanha a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Rural (Seder-MT), Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Mato Grosso (Famato), Fundo Emergencial de Febre Aftosa (Fefa), Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (Mapa), Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), Associação dos Criadores de Suínos de Mato Grosso (Acrismat), Conselho Regional de Medicina Veterinária, Sociedade Mato-grossense de Medicina Veterinária, Serviço Nacional de Aprendizagem Rural em Mato Grosso (Senar-MT), entre outros.





Fonte: Assessoria Seder-MT

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