Câmara técnica do trigo implanta quatro unidades de observação em Tangará da Serra
No mês de março, foram implantadas quatro Unidades de Observação (UO) de trigo de sequeiro nos municípios de Tangará da Serra, Campo Verde e Alto Taquari e para avaliação de materiais genéticos novos. O coordenador da Câmara Técnica do Trigo e pesquisador da Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer), Hortêncio Paro ressalta que o Estado faz parte do Zoneamento Agrícola Brasileiro e o cultivo do trigo é mais uma opção para o produtor durante o período do vazio sanitário da soja.
Para o mês de maio está previsto a implantação também de quatro Unidades Demonstrativas de trigo irrigado em Primavera do Leste, Lucas do Rio Verde e Sorriso. Paro salienta que o irrigado tem apresentado respostas positivas com uma produtividade entre 70 a 75 sacas por hectare, inclusive com uma qualidade de grão comparado aos melhores trigos importados.
As variedades IAC 350, BR 18, Aliança, BRS Guamirim, BRS 208, BRS 254, BRS 264 e Brilhante estão sendo testados para trigo de sequeiro e irrigado. Segundo Paro, a BRS Guamirim e 208 estão em fase inicial no Estado e a BR 18 continua sendo o material de grande potencial com tolerância à doença bruzone e a variedade IAC 350, que apresenta boa adaptação climática é a mais indicada para produção de massas, em especial de macarrão. Ele informa que o cultivo do trigo evita doenças como a esclerotínea, que atinge a soja e também é conhecida como mofo branco, que normalmente aparece com a rotação das culturas de feijão e soja. O trigo surge para quebrar essas doenças nas áreas de irrigação. “A cultura do trigo é mais uma alternativa de manejo de solo, reduz o uso de insumos na cultura principal (soja), com ganhos ambientais para a propriedade”, esclarece Paro.
Reunião
A Câmara Técnica do Trigo (CTT) realiza no dia 30 de abril, a segunda reunião do ano de 2009, com a participação do engenheiro agrônomo da Organização das Cooperativas do Estado do Paraná (Ocepar), Fábio Turra que apresenta as dificuldades e possibilidades da triticultura nas cooperativas, pesquisador da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Fernando Mendes Lamas fala sobre o apoio da pesquisa do trigo no Estado de Mato Grosso, Marco Antonio Batista do grupo Emege enfoca proposta de participação na cadeia do agronegócio do trigo na região e também produtores rurais , empresários e outros . A reunião acontecerá no auditório da Famato, a partir das 8 horas.
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