Publicidade
Repórter News - reporternews.com.br
Polícia Brasil
Quarta - 05 de Novembro de 2008 às 15:18

    Imprimir


A Polícia Civil continua à procura de cinco homens acusados de envolvimento com a chamada 'Máfia da Cobrança'. A quadrilha, que atuava em oito municípios do interior de Mato Grosso, teve o esquema desarticulado pela polícia em outubro. Três homens estão presos.

Ainda estão sendo procurados Eosiel Lopez, Equinaldo Aguiar, Zelmon Rocha, o policial civil Sinivaldo Pedro da Silva e o empresário Osvaldo Cirilo, apontado como o chefe da quadrilha. Ele chegou a dizer por meio de seu advogado, se apresentar à polícia hoje, mas até agora não se entregou.

A operação

A Polícia Civil já indiciou oito pessoas suspeitas de integrarem a "máfia da cobrança". No esquema de agiotagem, a polícia identificou, até agora, 15 envolvidos. Os indiciados são: Marcilei Cardoso Cavalcanti, que é oficial de justiça; Marclean Menezes Lopes, agente prisional e Jovair Rodrigues da Silva, apontado como sendo o 'braço direito' do empresário Osvaldo Cirilo, e o próprio empresário. Cirilo é suspeito de ser o chefe do esquema de agiotagem. Com exceção do empresário, os outros três estão presos.

Também foram indiciados Rosiel Lopez, Eguinaldo Jerônimo Aguiar e Zelmon Aparecido Satélis Rocha, que estão foragidos. Eles estão sendo procurados pela polícia. O oitavo indiciado é o policial civil Sinivaldo Pedro da Silva, de Jaciara. Os delegados que cuidam do caso já encaminharam documentos para a Corregedoria de Polícia Civil para abertura de um processo administrativo disciplinar.

Eles devem responder por formação de quadrilha, extorsão, constrangimento ilegal, ameaça, agiotagem, crueldade contra animais e comércio ilegal de munição. A máfia da cobrança atuava nos municípios de Campo Verde, Primavera do Leste, Jaciara, Rondonópolis, Chapada dos Guimarães, Tangará da Serra, Rosário Oeste e Sinop.

Depoimentos

De acordo com a assessoria da Polícia Civil, até o momento foram identificadas nove vítimas. Cinco teriam sido lesadas pela quadrilha e quatro já foram ouvidas. Espera-se que na tarde de hoje sejam ouvidas mais três vítimas.

No último sábado (01), quatro vítimas da cidade de Jaciara foram ouvidas pela polícia. Segundo o delegado regional, Jales Batista Silva, os depoimentos demonstram claramente que as cobranças eram feitas com truculência mediante violência. Uma das vítimas contou ao delegado que durante uma cobrança, feita em 24 de abril, por dois homens da quadrilha, sofreu agressões físicas e teve o nariz quebrado.

A dívida de R$ 15 mil foi contraída de uma factoring de Rondonópolis pelo filho dessa vítima, mas a cobrança foi realizada contra o pai. O dono da factoring foi ouvido e nega as cobranças. "O indicativo que o agiota Cirilo sublocou o débito da factoring", disse o delegado Jales Batista.

Outra vítima, dona de uma empresa de limpeza de arroz e venda de grãos, também de Jaciara, disse que comprou 2 mil sacas de arroz do agiota. Na época a dívida era de 60 mil e hoje está sendo cobrado o valor de R$ 120 mil. Relatou que ao tentar negociar com o cobrador Jovair Rodrigues da Silva, conhecido como "Márcio", foi agredido fisicamente.

Os dois casos já eram investigados na delegacia de Jaciara e serão juntados no inquérito da "máfia da cobrança". Os delegados Jesset Arilson Munhoz de Lima e Rafael Sippel Fossari, de Primavera do Leste, assumiram hoje a presidência do inquérito policial. O delegado Fernando Vasco Spinelli, que conduzia o inquérito entrou em férias.

Na operação, a polícia apreendeu mais de R$ 1,1 milhão em cheques, uma espingarda calibre 12, munições, documentos de veículos e escrituras de imóveis que foram encontradas dentro de um cofre na casa de Osvaldo Cirilo. De acordo com informações da polícia, Cirilo atuava em quatro municípios do sul do Estado: Campo Verde, Primavera do Leste, Jaciara e Rondonópolis, além de Chapada dos Guimarães, Tangará da Serra, Rosário Oeste e Sinop.





Fonte: TVCA

Comentários

Deixe seu Comentário

URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/170184/visualizar/