Descoberta de novo jacaré albino em SC deixa pesquisadores de MT em alerta

O único jacaré albino poupado pelos ladrões tem quatro anos e pesa menos de 2 quilos. O exemplar é irmão dos sete outros animais furtados no dia 2 de janeiro deste ano do zoológico da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT). Mesmo sendo o menor da ninhada, o réptil é uma grande fonte de estudos para a biologia.

O professor e biólogo Anacleto Garcia de Arrruda Filho é o pioneiro na observação e no estudo dos jacarés albinos. A partir dos trabalhos dele, a espécie foi identificada e trazida para o zoológico. Mas a pesquisa esbarrou numa atitude que até hoje não tem explicação, o furto de parte dos albinos que se reproduziu em cativeiro.

Medidas de segurança

O furto dos jacarés fez a o zoológico da UFMT adotar medidas de segurança nas áreas de acesso aos albinos. No local, grades e trancas não significam apenas uma barreira para quem está do lado de dentro, mas uma prevenção com quem vem de fora. Segundo o gerente do zoológico, Luiz Carlos, os cadeados foram trocados e agora há um vigia que faz a segurança do local.

Investigação

O inquérito sobre o furto está na Polícia Federal, mas o zoológico não sabe como andam as investigações. Nove meses depois, a PF ainda não concluiu a investigação do furto dos sete filhotes de jacarés. Por meio da assessoria de imprensa, o delegado Wilson Rodrigues disse que ainda não teve acesso ao inquérito que voltou à PF na semana passada após a justiça atender ao pedido de prorrogação feito pela delegada que era responsável pelo caso.

Novo albino é encontrado

Na tarde de ontem, a imagem de um exemplar de jacaré albino achado em Santa Catarina (SC) chamou a atenção dos pesquisadores de Mato Grosso (MT). Um jacaré albino foi encontrado numa lagoa. Professor Anacleto fez questão de ver as imagens do réptil. Ele procura marcas feitas pelos pesquisadores no corpo do animal.

Segundo o professor, o albino tem peso e tamanho parecidos com o que ainda está em Cuiabá. A diferença mais evidente está nos olhos escuros. “Ele é muito parecido, o padrão geral lembra muito os animais que foram roubados em Cuiabá”, comentou o professor.

Mesmo sem uma conclusão imediata, o professor fica animado e até propõe uma solução para tirar a prova se este é um dos sete jacarezinhos tirados a força de casa. Anacleto disse que pretende ir até a cidade de Florianópolis para comprovar se é um dos animais.