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Economia
Sexta - 31 de Maio de 2013 às 22:31

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O dólar operava em forte alta na tarde desta sexta-feira (31), acima do patamar de R$ 2,14, maior nível intradia em mais de quatro anos, apesar de o Banco Central ter voltado a intervir no mercado pela primeira vez desde o final de março.



Segundo analistas, a ação do BC visou frear um movimento especulativo impulsionado pela formação da Ptax e que sinaliza desconforto com o alto patamar, mas que ainda é cedo para estabelecer novo teto para a divisa norte-americana.



Perto das 16h25, a moeda norte-americana subia 1,69%, para R$ 2,1494 na venda, nível não visto desde maio de 2009, quando o mundo passava por uma crítica crise financeira. Minutos após a intervenção do BC, o dólar desacelerou para o nível de R$ 2,11, mas depois voltou a subir novamente. Veja a cotação
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"Ainda é cedo para estabelecer em qual nível o BC quer o dólar... Mas já sinaliza que não vai deixar o dólar rolar muito mais do que isso", afirmou o operador da Intercam Corretora Glauber Romano.



Antes de anunciar o leilão de swap cambial tradicional - equivalente a uma venda de dólares no mercado futuro - no início da tarde, o BC fez pesquisa de demanda para a operação.



O Banco central vendeu 17.600 contratos, da oferta de 30 mil, que somaram US$ 876,7 milhões respondendo por 59% do volume ofertado.



A última vez que a autoridade monetária interveio no mercado de câmbio foi no final de março deste ano, quando o dólar se aproximava de R$ 2,03 no intradia.



 
A alta da moeda foi impulsionada nesta sessão com a briga pela formação da Ptax de maio, cujo fechamento foi por volta das 13h, e com a valorização da divisa no exterior, o que ofuscava a alta da taxa básica de juros do país para 8 por cento ao ano, que tende a elevar a atratividade do país para investidores estrangeiros.


 
Mais cedo, o dólar avançou de forma generalizada no exterior diante do movimento de aversão a risco. A divisa vem se valorizando recentemente devido a preocupações de que o  Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos, diminua seu programa de estímulo monetário - o que reduziria a oferta de dólares no mercado.


 
Analistas destacavam que recentes declarações do ministro da Fazenda, Guido Mantega, colocavam dúvidas sobre possível novo nível de intervenção do BC, uma vez que o ministro  disse que o câmbio não será usado como ferramenta de combate à inflação.





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