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Cidades/Geral
Sábado - 23 de Fevereiro de 2008 às 11:12

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Aumentam os perigos para quem trafega pela rodovia que dá acesso à cidade de Cláudia (620 quilômetros ao norte de Cuiabá). Motoristas precisam escapar dos atoleiros e dos acidentes. Nos primeiros 30 quilômetros os motoristas encontram a comodidade do asfalto, que passa entre as fartas lavouras de soja. Mas depois a paisagem muda. O que se vê é uma estrada mal conservada. É comum encontrar motoristas no caminho à espera de ajuda.

Um caminhão tombou em um dos atoleiros e chegou a ficar dois dias no local. Para amenizar os prejuízos os funcionários tentavam salvar a carga de madeira, debaixo de muita chuva. O trecho crítico da foto tem cerca de 80 quilômetros, distância entre a cidade de Cláudia e BR-163. Antes este trecho era percorrido pelos motoristas em menos de uma hora no período da seca. Agora, com os atoleiros, o tempo de viagem é de seis horas, isso quando o veículo não quebra.

Muitos motoristas preferem não arriscar e ficam parados em lanchonetes a beira da estrada. Eles esperam que o tempo melhore e a pista fique mais seca. Nem todos que tentam seguir viagem conseguem. Muitos são parados pelo atoleiro e não conseguem seguir viagem.

Colniza

Pelo terceiro ano consecutivo, o Prefeito de Colniza (a 1.065 quilômetros de Cuiabá), Sérgio Bastos dos Santos, decretou situação de emergência no município devido aos estragos causados pelas fortes e constantes chuvas. O decreto vigora por 90 dias, podendo ser prorrogado por mais 180 dias.

O quadro se agravou ainda mais nesta semana. As estradas que ligam o município a outras localidades estão em péssimo estado. De acordo com Bastos, mais de 500 quilômetros de estradas estaduais e quase cinco mil quilômetros de estradas vicinais estão danificados.

O quadro apresenta inúmeras pontes e bueiros quebrados. A situação é mais crítica no Distrito de Guariba, a 150 quilômetros da cidade, onde vivem cerca de 7 mil pessoas, bem como no vilarejo Três Fronteiras, a 330 quilômetros do município, onde estão mais de 1.500 pessoas. Toda a região, com 8.500 moradores, continua ilhada e sem condições de tráfego para a cidade e saída para o Estado de Rondônia.

A prefeitura alega que não tem equipamentos suficientes para atender a grande demanda de problemas causados pelas chuvas. “Este é o terceiro ano que decretamos situação de emergência e não recebemos os recursos necessários para consertar os estragos causados pelo excesso de chuva. Esperamos que o Governo do Estado nos ajude com recursos e equipamentos para garantir o tráfego em toda a região”, comentou o prefeito.

O superintendente da Defesa Civil, Major Agnaldo Pereira, afirmou que a visita dos agentes já está sendo realizada em diversos municípios do estado, que apresentam o mesmo quadro, como Nova Brasilândia, Planalto da Serra, Torixoréu e Nova Lacerda. Os agentes devem vistoriar os municípios para averiguar os estragos causados pela chuva. O município de Colniza espera receber o mais rápido possível a visita dos agentes da Defesa Civil.

No município estão situados diversos assentamentos, que neste período estão praticamente ilhados e perderam boa parte da produção. Nos assentamentos estão investimentos da agricultura familiar. “Além disso, os produtores amargam prejuízos com a perda da plantação de café, cacau e outras culturas perenes”, assegurou.





Fonte: Redação TVCA

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