Moradores apostam no potencial de São José do Rio Claro e investem na área da alimentação

Uma das principais características que distinguem uma cidade fadada ao sucesso de uma fadada ao fracasso é o empreendedorismo. Não apenas por parte do serviço público, que por definição existe para melhorar a qualidade de vida da população, mas também de empresários ou futuros investidores locais.

O SEBRAE aponta muitas outras características de um verdadeiro empreendedor. Saber correr riscos, ser um bom planejador, saber estabelecer metas, estar sempre informado, montar rede de contatos, ser independente e ter autoconfiança são algumas. E dentro desta perspectiva, uma exigência antiga e que sonda aqueles que desejam abrir seu próprio negócio surge mais forte do que nunca: conhecer profundamente o mercado que deseja explorar.

No caso de São José do Rio Claro, essa preocupação para investidores locais tem sido uma constante. Munícipes estão buscando aperfeiçoar seu próprio negócio, muitas vezes familiar, ou investir um dinheiro, até então parado, em algum ramo que lhe traga estabilidade financeira. E essa busca pelo investimento ideal se deve ao crescimento econômico e populacional do município.

Com apenas 28 anos, a cidade ainda possui muitos nichos até então não explorados e acabam se tornando atraentes e cobiçados. Um exemplo simples é a área de alimentação. Há até alguns anos poucos restaurantes eram suficientes para suprir a demanda de trabalhares no estilo self-service. Hoje, mesmo artesanalmente, muitas famílias, com a devida autorização da vigilância sanitária, têm atendido clientelas com mais de 100 pessoas através da marmitex. Um trabalho diário e na maioria das vezes de segunda a sábado.

Mas, por mais que algumas áreas pareçam certas a investimentos, especialistas lembram sempre aos empreendedores que estudar minuciosamente o negócio, avaliar a concorrência e os possíveis clientes é vital. Sem isso, as pessoas podem estar jogando seu dinheiro fora baseadas em uma perspectiva irreal. Pode até parecer que não, mas ainda hoje, mesmo em cidades como São Paulo, muita gente perde todo o investimento simplesmente não ter feito uma pesquisa de mercado.

E mais do que apenas basear as futuras decisões em números, a sensibilidade conta muito. Quer dizer, não adianta ter em mãos informações que comprovem que as pessoas procuram um curso de idiomas, por exemplo, e trazer para a cidade uma franquia que exige anos de estudo se a realidade local pede algo mais dinâmico, mesmo que baseado em uma carga horária maior. E esse tipo de conhecimento o futuro empresário não encontra em uma planilha e sim na observação da sua própria realidade.

Mas quem imagina que a preocupação é apenas para àqueles que estão pensando em entrar para o mundo dos negócios pela primeira vez está enganado. Para os comerciantes e prestadores de serviço em geral, a dica é saber o que o seu cliente pensa do produto oferecido. Neste caso entra a pesquisa de satisfação que o SEBRAE afirma importante ser feita constantemente ou de período em período, não devendo ultrapassar seis meses. Conhecendo os pontos positivos e principalmente os negativos é possível estabelecer as mudanças necessárias que manterão o cliente fiel à empresa.