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Repórter News - reporternews.com.br
Cidades/Geral
Segunda - 28 de Janeiro de 2008 às 19:00

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A Justiça Federal em Mato Grosso mantém exatos 303 processos em caráter sigiloso, sendo que em grande parte foi requerida a quebra dos sigilos telefônico, bancário e fiscal de autoridades públicas, empresários, criminosos de uma forma geral que estão sendo investigados. A Polícia Federal estima que 30 mil escutas estejam em andamento no País.

Somente em Cuiabá, 303 processos foram abertos para investigar "mais de uma dezena de crimes distintos" na órbita federal, de acordo com informações de fontes da Justiça Federal.

A distribuição na capital mato-grossense, atualizada no final da tarde de hoje, está da seguinte forma: 1 processo aberto em 2002, 11 em 2003, 29 em 2004, 15 em 2005, 45 em 2006, 192 em 2007 e 10 já foram abertos em apenas 28 dias de 2008.

"São números alarmantes, mas, de um modo ou de outro refletem que os órgãos públicos federais estão trabalhando muito na defesa dos interesses das sociedades brasileira e mato-grossense", disse uma fonte.

Em São Paulo, a banalização do grampo e espionagem eletrônica fez com que empresários, políticos e advogados construíssem espaço a prova de escuta.

A Polícia Federal tem 28 sistemas de escuta, chamados guardião, cada um com capacidade para 400 telefones de forma simultânea. O serviço de inteligência da PF estima que 30 mil escutas estejam em andamento no País.

Nos bastidores da política e dos meios jurídico e empresarial, a paranóia é total, porque muitos temem cair "na rede" das investigações. "Oras, quem não deve não teme", disse uma segunda fonte ouvida pelo site.

Independente da paronóia generalizada, no processo de 2002, por exemplo, para apurar crime de apropriação indébita e contra o patrimônio público, em medida cautelar, foi autorizada a quebra de sigilo de dados e do sigilo telefônico.

Em um segundo processo do ano de 2003, numa petição de medidas assecuratórias, também foi atravessada uma medida cautelar pedindo a quebra dos dados e sigilos telefônicos dos investigados e/ou investigadas.

No processo de corrupção passiva e crimes contra a administração pública, que tramita na Segunda Vara Federal desde 2004, a quebra dos sigilos também foi requerida para dar suporte nas investigações.

Em outro exemplo, no ano de 2006, numa investigação de crimes de tráfico ilícito e uso indevido de drogas e crime previstos na legislação extravagante, a Justiça Federal também teria autorizado a escuta e a quebra dos dados.

No ano de 2006, o segundo mais "pesado" em termos de abertura de processos e procedimentos investigatórios, também foi requerido a quebra dos dados e do sigilo telefônico para apurar formação de quadrilha ou bando e crime contra paz pública.

Em 2007, ano de abertura recorde de procedimentos, num processo de crime ambiental, novamente foi requerido a quebra de sigilos dos investigados.

No último procedimento instaurado neste ano, mais precisamente no dia 23, também numa petição de medidas assecuratórias, na Primeira Vara Federal, a Polícia Federal requereu a quebra de sigilo de dados e/ou telefônico./ Mais informações em instantes




Fonte: Olhar Direto

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