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Repórter News - reporternews.com.br
Cidades/Geral
Domingo - 27 de Janeiro de 2008 às 11:30

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A menos de nove meses do pleito, o prefeito Wilson Santos encontra dificuldades para composições partidárias, mesmo diante de um quadro que o aponta com chances reais de reeleição, com a "máquina nas mãos" e com o trunfo de atrair siglas por causa do vice da chapa que pode vir a concluir o mandato, já que sonha com uma candidatura a governador em 2010. Por enquanto, o tucano só tem "amarrado" o seu PSDB e o PPS, que passou a conduzir, de "porteira fechada", a pasta de Trânsito e Transportes Urbanos (SMTU), com Elismar Bezerra e seu adjunto Hélio Silva.

As principais legendas até abriram negociações com o prefeito, mas endureceram o jogo por causa das amarraões políticas visando as majoritárias de 2010, mesmo antes das eleições deste ano. Uma eleição para governador passa necessariamente pelo Palácio Alencastro. Partidos como PMDB e DEM contam com filiados na administração, mas se dizem livres e não dão garantia de apoio à recandidatura de Santos.

Em 2004, o tucano venceu a barreira do primeiro turno somente com quatro partidos no palanque: PSDB, PSB, PDT e PHS. No segundo turno, aglutinou somente uma parte do PTB. Os demais eram adversários. Hoje, socialistas e pedetistas se consideram rompidos com o Palácio Alencastro, em que pese ter filiados ocupando cargos.

"Prefeituráveis"

A expectativa de liderar projeto próprio também distancia alguns partidos do tucanato. O PR garante que terá candidatura a prefeito, seja com Sérgio Ricardo, seja com Mauro Mendes. O PSB aposta em Valtenir Pereira. O PT já lançou três "prefeituráveis (Jairo Rocha, Vicente Vuolo e Alencar Farina) e ainda conta com o deputado federal Carlos Abicalil. O DEM se insere com os nomes de Iraci França e Anildo de Barros. Os pedetistas insistem na tese de lançar à disputa o empresário Altevir Magalhães, assim como o PTB com Célio Fernandes.

Em junho, quando os partidos realizam suas convenções, o quadro deve se afunilar a, no máximo, quatro candidaturas. Até lá, as agremiações se valorizam e promovem um verdadeiro balão-de-ensaio.

Os partidos e a relação com o prefeito Wilson Santos:

PMDB - Tem Euclides Santos no comando da Infra-Estrutura. Mesmo assim, não admite fazer parte oficialmente do governo. Na Câmara, o vereador peemedebista Domingos Sávio começa a fazer oposição ferrenha.

DEM - Também conta com a ex-deputada federal Celcita Pinheiro na secretaria de Assistência Social e Desenvolvimento Humano. Mesmo assim, garante estar livre e fala em lançar candidatura própria com Iraci França ou com Anildo Lima Barros.

PSB - Rompeu oficialmente com o prefeito, motivando até os vereadores Éden Capistrano (hoje secretário de Meio Ambiente) e Dilemário Alencar a se desfiliarem. O deputado federal Valtenir Pereira é pré-candidato a prefeito e tenta costurar uma frente de esquerda com participação do PDT e de alguns partidos nanicos.

PP - Aposta na candidatura a prefeito do deputado Walter Rabello (ex-PMDB) e está distante da administração tucana.

PT - Admite projeto próprio e até aliança com o PR do governador Blairo Maggi, menos coligação com o PSDB. Em tese, seria o principal adversário do tucanato, a exemplo de 2004 com a candidatura de Alexandre Cesar, que disputou o segundo turno com o hoje prefeito.

PTB - Faz parte da base aliada, inclusive comanda duas pastas (Trabalho, Desenvolvimento Econômico e Turismo e a Agência de Habitação). Apesar disso, uma ala do partido defende ruptura e a tese de candidatura própria com o empresário Célio Fernandes.

PDT - Também ameaça romper oficialmente com a gestão, apesar de alguns filiados, como Ricardo Siqueira, que comanda o Procon Municipal, integrarem oficialmente o governo. O partido tenta empurrar à disputa o empresário Altevir Magalhães.

PSDB - Não só trabalha a reeleição de Santos como o tem como única esperança de concorrer ao Palácio Paiaguás, em 2010. A maioria dos 14 secretários são da sigla tucana.

PR - Partido do governador Blairo Maggi trabalha a tese de candidatura própria com o deputado Sérgio Ricardo, mas admite composição com o PP e até com o PT.

PPS - Após concorrer, em 2004, contra o próprio Santos (o candidato era Sérgio Ricardo) e perder a maioria dos filiados com a saída do governador Maggi, o partido virou aliado do Palácio Alencastro. Comanda a SMTU.




Fonte: RD News

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