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Repórter News - reporternews.com.br
Cidades/Geral
Sexta - 25 de Janeiro de 2008 às 14:46

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O ranking do desmatamento apresentado ontem (24) pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA) apontou 19 cidades mato-grossenses como as que mais efetuaram a prática ilegal entre os meses de agosto e dezembro de 2007. A explicação do primeiro e do terceiro município integrantes da "lista suja" é praticamente a mesma. Para os prefeitos de Marcelândia e Querência, o grande número de áreas queimadas no ano passado pode ter sido confundido com a realização de desmatamentos.

Nesta quinta-feira (24), o governo federal divulgou a lista dos 36 municípios que estarão proibidos de desmatar e terão prioridade nas ações de prevenção e controle do desmatamento. Os dados do MMA são oriundos de estudos do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) que apresentaram a desvatação de 3.235 quilômetros quadrados na região amazônica.

Adalberto Diamante, prefeito de Marcelândia, que foi apontada como a cidade que mais desmatou nos últimos cinco meses de 2007, diz que há um controle intenso da Secretaria Estadual de Meio Ambiente na região e que não houve desmatamento no ano passado. "Tivemos queimadas descontroladas no município, que estão aparecendo nas imagens de satélite como desmatamento", afirma. O prefeito ainda ressalta que irá fazer um levantamento detalhado da situação do município, em parceria com organizações não-governamentais e institutos.

Para o prefeito de Querência, Fernando Goergen, que ficou em terceiro lugar na colocação, também contesta a informação do Inpe. "Devem ter confundido queimadas de pasto com desmatamentos", afirma, lembrando que no ano passado houve um grande número de áreas queimadas na cidade. "É uma inverdade o que estão publicando", diz o prefeito.

Segundo ele, tanto o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) quanto a Secretaria Estadual do Meio Ambiente fazem uma fiscalização bastante rigorosa em relação aos desmatamentos na região. "Qualquer ocorrência de desmatamento é imediatamente denunciada", alega. O prefeito garante que no município, que tem a economia baseada na agricultura e pecuária, "o meio ambiente e a agricultura vivem em harmonia, desde que seja obedecida a legislação ambiental".

A prefeita de Alta Floresta (MT), Maria Izaura Alfonso, também discorda da inclusão do município na lista dos mais desmatados. "Não sabemos de derrubadas no nosso município. Estamos nos sentindo injustiçados por esta medida", afirma. A cidade ficou em 23º lugar no ranking das que mais desmataram ano passado.

Segundo ela, a prefeitura vai fazer uma reunião com a Secretaria Estadual de Meio Ambiente e com o governador do Mato Grosso para definir ações conjuntas. "Vamos fazer um levantamento, ver o que aconteceu. Não podemos ser penalizados dessa maneira, de jeito nenhum", diz a prefeita.





Fonte: TVCA

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