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Polícia Brasil
Quarta - 28 de Novembro de 2007 às 18:30

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"Que há uma motivação, as evidências não deixam dúvidas. É difícil acreditar na tese do assalto seguido de morte”. A afirmação foi feita pelo presidente da Ordem dos Advogados do Brasil em Mato Grosso, Francisco Faiad, ao comentar o assassinato da pro-reitora Soraiha Lima Miranda, diretora do Campus da Universidade Federal de Mato Grosso em Rondonópolis, do professor do curso de Zootecnia, Alessandro Luís Fraga, e do prefeito do campus, Luís Mauro Pires Russo, ocorrido na madrugada desta quarta-feira. Faiad anunciou a desginação de um advogado da Subseção de Rondonópolis para acompanhar o caso.

Segundo ele, o assassinato dos funcionários graduados da UFMT “feriram a dignidade da instituição de ensino” e está a exigir uma resposta à altura das autoridades de segurança pública federal e estadual. Por isso mesmo, ele disse, a OAB, preocupada com os elevados índices de criminalidade, e, fundamentalmente, com a ação do crime organizado no Estado, vai acompanhar diariamente as investigações. “É preciso que se chegue efetivamente aos culpados por esse crime. Não podemos aceitar qualquer situação que remeta para a impunidade” – disse Faiad.

O advogado designado para o caso é Stalyn Paniago Pereira, um dos mais conceitos de Rondonópolis. Ele terá o apoio da direção da Subseção da OAB na cidade. Da mesma forma, o vice-presidente da Ordem dos Advogados no Estado, José Tadeu Guillen, anunciou todo o suporte necessário e apoio nas investigações. “É um crime que chocou não só a comunidade acadêmica, mas toda a cidade de Rondonópolis. Estamos todos perplexos com a audácia como tudo aconteceu” – disse.

A pro-reitora Soraiha Lima Miranda, diretora do Campus da Universidade Federal de Mato Grosso em Rondonópolis, do professor do curso de Zootecnia, Alessandro Luís Fraga, e do prefeito do campus, Luís Mauro Pires Russo, foram assassinados após retornarem de uma viagem de Cuiabá. Eles foram abordados por um homem encapuzado quando estacionaram na porta da casa da professora, no bairro Colina Verde. Sorahia de Lima e Alessandro Fraga morreram na hora. Luís Mauro foi transportado para o hospital mais próximo mais morreu no centro cirúrgico.

O conselheiro federal licenciado Ussiel Tavares, presidente da Comissão Especial de Estudos para o Combate ao Crime Organizado, disse que o assassinato mostra características de uma ação planejada. Ele enfatizou que é preciso que o Governo do Estado e o Governo Federal, de fato, somem esforços para combater as ações criminosas do PCC, supostamente envolvido no caso, e de outras organizações criminosas que atuam no Estado de Mato Grosso. “Do contrário – ele frisou – a sociedade de Mato Grosso assistirá cada vez mais amedrontada a banalização da violência”. Tavares disse que o caso também será levado a pronunciamento do Conselho Federal da OAB.





Fonte: 24 Horas news

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