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Polícia Brasil
Quarta - 31 de Outubro de 2007 às 15:27
Por: José Ribamar Trindade

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Uma execução. Quatro policiais militares: um na ativa e três ex-policiais envolvidos num crime bárbaro. No meio de tanta violência uma declaração de amor. O homem que arquitetou a morte do sargento da Polícia Militar Nilson Batista Ferreira da Costa, até então tido como um dos pistoleiros à serviço do crime organizado em Mato Grosso, o ex-PM Alessandro Neves da Silva, usou como pistoleiros, os “amigos”, também ex-PMs, Milton de Oliveira e Bonifácio Amarantes. Interrogado, Alessandro, não apenas confessou o crime com a ajuda da namorada Andréia Queiroz, então mulher do sargento executado, como deixou o Tribunal do Júri Popular de Várzea Grande estarrecido com seguidas declarações de amor à mulher amada.

O julgamento que durou mais de 15 horas no último dia 22 no auditório do Tribunal do Júri da Comarca de Várzea Grande, acabou com a condenação de Alessandro Neves da Silva. Ele vai cumprir, segundo decisão da Corte, dez anos de reclusão em regime fechado pelo assassinato do sargento Nilson Costa, fuzilado com seis tiros de pistola em 11 de maio de 2005. A agora viúva Andréia Queiroz foi condenada a 13 anos por participação no mesmo crime. Ela foi acusada e condenada por tramar a morte do marido.

O sargento estava chegando de carro na casa dele, no Jardim Costa Verde, em Várzea Grande (Grande Cuiabá). Ontem, durante o julgamento, Alessandro resolveu “entregar” os pistoleiros que ele convidou para matar Nilson Costa. Só que os dois também já estão mortos. Amarante e Oliveira foram mortos no final do mês de julho deste ano. Os dois, segundo a Polícia, estavam envolvidos em um assalto na cidade de Sinop (Nortão, a 550 quilômetros de Cuiabá).

Alessandro foi bem claro ao declarar em público, na frente da juíza Maria Erotides Kneip, dos representantes da Promotoria Pública, dos advogados de defesa e de acusação e dos sete jurados, que mandou matar em nome do amor, justamente para salvar a mulher amada dos mal-tratos que sofria do estão marido. Agressões e humilhação, segundo os depoimentos, eram rotina, inclusive na frente dos filhos do casal.

“Eu não poderia deixar que a mulher que eu amava, e ainda amo, continuasse sofrendo. Não nego, sou apaixonado demais pela Andréia”, afirmou o ex-PM Alessandro sem eu depoimentos em juízo na frente de dezenas de pessoas que acompanhavam o julgamento.

Alessandro destacou ainda, que Andréia sofria as agressões do marido porque o denunciou. Mesmo assim ele continuou e sempre, além das agressões, ainda ameaçava matá-la. “Eu jamais consentiria que ele matasse a mulher da minha vida. A minha paixão”, declarou o réu-confesso.

O ex-PM Alessandro, que na época do crime já estava preso por ouro crime, vai continuar preso, mesmo tendo apelado da sentença. Andréia também apelou dos 13 anos de condenação e vai aguardar o resultado do recurso em liberdade.





Fonte: 24 Horas News

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