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Quarta - 01 de Agosto de 2007 às 07:37
Por: Débora Siqueira

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Sindicato do Comércio Varejista formaliza no Ministério Público Estadual reclamações contra estabelecimentos e três profissionais

O Sindicato do Comércio Varejista de Produtos Farmacêuticos em Mato Grosso (Sincofarma) acionou o Ministério Público Estadual (MPE) e já denunciou oito farmácias e três profissionais ao Conselho Regional de Farmácia (CRF) e a Vigilância Sanitária e Epidemiológica de Cuiabá (Visa) este ano, por venda indiscriminada de medicamentos de tarjas vermelha e preta, que exigem a retenção de receita no estabelecimento.

Para o presidente do Sincofarma, Ricardo Ramão Cristaldo, as causas para a comercialização ilegal dos remédios se deve ao grande número de drogarias no mercado cuiabano, 263% a mais que o necessário e a falta de efetivo da Visa municipal. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estipula uma farmácia para cada 10 mil habitantes. Na Capital há pelo menos 200, o ideal seria 55.

O CRF não tem dados específicos de fiscalizações e apurações de denúncias envolvendo o profissional farmacêutico na venda de remédios antidepressivos, antiepilético, antisiolítico (controle da ansiedade) ou outros medicamentos de receita azul. Consumidos em doses exageradas, trazem perda de memória, desinteresse sexual e insônia.

Além da falta de ética e de responsabilidade de alguns farmacêuticos, a venda ilegal dos medicamentos também é proporcionada pelos consumidores. Eles pressionam, brigam, mentem e usam de todo tipo de estratagemas para garantir a compra do medicamento sem passar pelo médico.

O presidente do Sincofarma, também dono de uma farmácia no centro da cidade, diz que muitos clientes ameaçam procurar outro estabelecimento, caso não venda o que ele pede. "Muitas vezes perdemos compra por esse comportamento. Depois a pessoa volta para mostrar que conseguiu adquirir em outra farmácia".

No início deste mês, o Sincofarma deve reunir com o MPE e CRF propondo assinatura de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com a finalidade de fazer cumprir o código de conduta do município, que regulamenta a distância de 150 metros entre as drogarias, além de colocar um basta no problema.

A coordenadora da Vigilância Sanitária de Cuiabá, Silvana Miranda, diz que todas as denúncias encaminhadas pela Sincofarma foram apuradas e as falhas das drogarias foram corrigidas. Não houve interdições. Silvana também sustenta que o órgão não recebeu nenhuma reclamação de venda de medicamentos controlados sem receita.





Fonte: Gazeta Digital

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