Sob abandono dos políticos, morre Júlio Amorim

O auditor aposentado do Tribunal de Contas do Estado e ex-vice-prefeito de Santo Antônio de Leverger, Júlio Dias de Amorim, que concorreu à prefeitura em 2004, faleceu nesta sexta (27), às 6h. Ele estava há um mês internado na UTI do Pronto-Pronto-Socorro de Várzea Grande. Amorim viveu não só o drama acometido por um derrame, mas também pela solidão. Morreu sob abandono de políticos que ele tinha como aliados, entre eles os senadores Jaime Campos e Jonas Pinheiro, o conselheiro do TCE, Ary Leite de Campos e os deputados estaduais Percival Muniz e Campos Neto. Nas eleições do ano passado, Amorim, então dirigente do PPS no ano passado, foi um dos principais cabos eleitorais de Muniz, eleito com a maior votação entre os candidatos da legenda socialista. Atingiu a 41.619 votos.

Em 2004, Júlio Amorim disputou a sucessão em Santo Antonio do Leverger pelo PPS. Com 3.817 votos, perdeu para o hoje prefeito Faustino Dias Neto (DEM), eleito com 5.538 votos. Antes, Amorim exerceu o mandato de vice-prefeito de Glorinha Albuês.

Há quase dois meses, o líder socialista sofreu derrame. Ficou uma semana internado no Amecor, em Cuiabá. Sem condições financeiras para continuar custeando as despesas na unidade hospitalar privada, Amorim bateu a porta do hospital público. Não encontrou vaga. Sua família, então, ingressou com uma liminar na Justiça. Sob determinação judicial, conseguiu vaga na UTI do Hospital Geral. O paciente acabou transferido para o Pronto-Socorro de Várzea Grande.

Nesse interím, nenhum dos seus companheiros da vida pública o visitou. Fechou os olhos para sempre nesta sexta. Agora, provavelmente os aliados políticos devam acordar para o drama que marcou os últimos dias do ex-vice-prefeito. Abrirão os olhos tarde demais.