Defensoria Pública ameaça parar

A defensora-geral do Estado, Karol Rotini disse ontem não sentir qualquer constrangimento em fechar a Defensoria Pública nas Comarcas por falta de recursos. Para ela, o assunto é simples: o governo do Estado alega insuficiência de fundos, então é necessário cortar despesas e isso passa pela redução do número de Defensorias nos municípios que já funcionam precariamente, ou seja, dependem da cessão de espaço pelos Fóruns do Tribunal de Justiça e do aparelhamento das prefeituras municipais tanto físico quanto de pessoal.

Ela sinalizou que mantém contatos com os secretários da área econômica do governo do Estado e tenta demonstrar que a Defensoria Pública depende de recursos e investimentos sob pena de paralisar suas atividades, lembrando que saiu de uma condição de 25 Defensorias Públicas em Comarcas para um montante de 58, restando ainda 21 a serem implantadas. "Tudo isso se resume a gastos, investimentos e principalmente condições de trabalho, o que não temos encontrado em que pese o esforço do governador Blairo Maggi (PR) e sua equipe em atender as expectativas da Defensoria Pública", disse Karol Rotini, lembrando que o ex-defensor-geral, Fábio Guimarães no passado foi obrigado a fechar Defensorias no interior por falta de condições de trabalho, tanto humano quanto físico.

A chefe da Defensoria Pública lembrou que já foi notificada recentemente pelo Ministério Público a instalar uma unidade de seu órgão em Tapurah, e a resposta será "não existe recursos financeiros, nem de pessoal para colocar em prática as determinações do Ministério Público", frisa ela, sinalizando que tem buscado outras fontes de recursos públicos, mas sem sucesso.

Karol Rotini lembrou que necessita um mínimo de R$ 39 milhões de orçamento para 2008, contra os atuais 26 milhões de reais deste ano.