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Quinta - 26 de Julho de 2007 às 08:53
Por: Eduardo Ramos

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Passados quase 45 dias da maior fuga já registrada num presídio mato-grossense, a situação na penitenciária da Mata Grande é de relativa tranqüilidade. As obras de manutenção e reforço prometidas pelo Governo ainda não começaram, mas, segundo o diretor Raimundo Vasconcelos, as atividades internas foram retomadas e os ajustes feitos permitiram superar os problemas decorrentes da superlotação. Atualmente 571 homens cumprem pena na Mata Grande em regime fechado e outros 53 no regime semi-aberto.

“Fizemos algumas mudanças e conseguimos acomodar todos de forma satisfatória. A Polícia Militar também retomou as atividades aqui e tem colaborado bastante para que realmente possamos trabalhar com tranqüilidade”, afirmou Raimundo Vasconcelos.

O diretor não soube dizer quando serão iniciadas as obras visando à reativação das alas desativadas por falta de segurança. Segundo ele, a licitação já foi concluída e o início da obra dependeria agora de procedimentos burocráticos na contratação da empresa vencedora. A Superintendência do Sistema Prisional prometeu se pronunciar sobre o assunto ainda hoje.

Atividades

Raimundo Vasconcelos assumiu a direção da Penitenciária da Mata Grande no dia da fuga em massa, 13 de junho, em substituição a Afonso Henrique Nunes Garcia. Desde então, ele tem se empenhando para retomar a normalidade interna e recuperar a confiança da sociedade.

“Já reativamos a marcenaria e o núcleo de trabalhos artesanais. Também conseguimos retomar as aulas e os cursos de profissionalização. Tudo isso está sendo feito através de parcerias sólidas com entidades da sociedade e órgãos governamentais como o CISC, a Secretaria de Agricultura, a SETEC e a Prefeitura de Rondonópolis”, informa Raimundo.

Entre as conquistas obtidas neste período, o diretor destaca a formação de 19 reeducandos (três deles com notas máximas) no curso de operação de máquinas agrícolas e a autorização para a contratação de técnicos de enfermagem, enfermeiros, médicos, bioquímicos, psicólogo e assistente social – profissionais considerados essenciais na sustentação ao trabalho.

“Já estamos selecionando os currículos e em breve devermos ter esses profissionais atuando conosco. Esse reforço e as parcerias com a sociedade resultarão em mais segurança e, sobretudo, em oportunidades para que, ao final da pena, os reeducandos possam retomar a vida e sustentarem suas famílias sem caírem novamente no crime”, avalia Raimundo Vasconcelos.




Fonte: 24 Horas News

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