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Cidades/Geral
Segunda - 23 de Julho de 2007 às 14:54

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Recursos do Fundo Partilhado de Investimentos Sociais (Fupis) vem mudando a realidade de moradores do município de Santo Afonso. Com os investimentos foi possível instalar uma unidade de inclusão digital no Centro de Múltiplo Uso do bairro Vila Alta, além de máquinas de costura e um fogão semi-industrial, equipamentos viabilizados através da Secretaria de Trabalho, Emprego, Cidadania e Assistência Social (Setecs). Desde então, o local oferece a população uma série de atividades, beneficiando crianças, jovens, adultos e idosos.

No espaço da inclusão digital o movimento é intenso diariamente. Na sala, dotada de computadores com acesso livre a Internet, é registrado mais de 500 atendimentos mensais, beneficiando a comunidade em geral, inclusive de outros bairros e distritos. “Atendemos crianças do Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (PETI), moradores do distrito Boa Esperança, alunos das três escolas do município, acadêmicos da faculdade, enfim, pessoas que esperavam por esta oportunidade para o acesso às tecnologias de informação”, destacou a coordenadora do Centro de Múltiplo Uso, Eunice Camargo Skpartt.

O aposentado Brasilino Soares Figueiredo, de 66 anos, é um exemplo entre os usuários da inclusão digital. A inauguração do centro em Santo Afonso, que aconteceu em março deste ano, lhe trouxe a oportunidade de conhecer de perto um computador. “Já aprendi a digitar algumas palavras e exercito sempre que posso. Achei incrível esta máquina, principalmente porque podemos usá-la sem pagar pelo serviço”, contou.

William Nunes Moreira, de 24 anos, portador de necessidades especiais, é outro exemplo entre os beneficiados. “Sempre venho à unidade em busca de conhecimento. Aqui faço trabalhos, acesso sites de notícias para me manter informado. Este é um espaço muito bom para a comunidade”, disse.

Para a estudante Marcilene Maria de Andrade, de 17 anos, a sala equipada com computadores trouxe uma facilidade. “O único lugar da cidade que tinha computadores era a prefeitura, com acesso restrito aos funcionários. Não tínhamos um lugar para pesquisar na Internet. Agora temos onde pesquisar e digitar trabalhos, não precisando mais escrever a mão”, comentou.

A unidade foi implantada com recursos do Fupis, através do projeto Mato Grosso Ação Digital, que já instalou 45 centros no Estado. “Essas inaugurações só comprovam a expansão do projeto em Mato Grosso. O intuito é exatamente este, atingir a comunidade carente do Estado, tirando essa população da exclusão digital”, destacou a secretária Terezinha Maggi.

COSTURARTE – Ao lado da sala de inclusão digital funciona o atelier de costura, equipado com máquinas profissionais cedidas pela Setecs. São esses equipamentos que dão hoje ao Centro condições necessárias para atender as famílias beneficiadas pelo programa Meu Lar com atividades sociais, ocupacionais e de geração de renda.

Para atender esta demanda, o Governo do Estado liberou mais de R$ 51 mil em recursos através do Fupis, beneficiando mais de 10 cidades do interior de Mato Grosso.

Em Santo Afonso, desde dezembro do ano passado 32 mulheres participam de um curso de corte e costura, ministrado nos períodos da manhã e tarde. Para as alunas, a maioria donas-de-casa, esta é a chance de aprender uma atividade profissional e complementar a renda familiar.

“Tenho uma máquina em casa e sempre fazia consertos em roupas, só para a família mesmo. O curso me trouxe uma oportunidade de qualificação. Aprendi a costurar e pretendo trabalhar na área, ganhar dinheiro com isso”, contou Raquel Alves de Oliveira, de 38 anos.

A dona-de-casa, Edinéia Ferreira de Almeida, de 26 anos, já fez um curso de corte e costura, mas considera este um verdadeiro aprendizado. “O treinamento que fiz foi rápido, só de três meses. Este já é um curso intenso, que dá a oportunidade de aprender realmente. Pretendo agora trabalhar no segmento e costurar para a comunidade”.

FUPIS –Criado em dezembro de 2003, por meio da Lei nº 8.059, o Fupis tem como principal atribuição financiar ações voltadas à nutrição, habitação, educação, saúde, emprego, reforço de renda familiar, qualificação profissional e outros programas de relevante interesse social, voltados para a melhoria da qualidade de vida de pessoas de baixa renda e em situação de vulnerabilidade social.

Os recursos do Fundo provêem de doações voluntárias de empresas em geral, pessoas físicas e jurídicas. Além das doações, 1,5% da arrecadação do Departamento Estadual de Trânsito de Mato Grosso (Detran) e 3% do ICMS arrecadado pelo Estado de empresas do segmento da construção civil, que já aderiram ao fundo, também são fontes de arrecadação de recursos para o Fupis.




Fonte: Da Redação

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