Publicidade
Repórter News - reporternews.com.br
Cidades/Geral
Quarta - 27 de Junho de 2007 às 08:55

    Imprimir


Como toda balança tem dois lados, o corregedor-geral do Tribunal de Justiça, desembargador Orlando Perri, terá de ter dois pesos, o do acerto daqui para a frente e o dos erros, que são mais lembrados. Mesmo hoje com uma campanha pela fortalecimento do Judiciário, a imagem do Tribunal de Justiça está arranhada. Ainda estão na memória da população as graves acusações feitas pelo juiz assassinado Leopoldino Marques do Amaral, mesmo elas não tendo sido comprovadas. Em 99, antes de ser assassinado, Amaral, que estava acuado após se envolver em crime de peculato, passou a "atirar" contra desembargadores.

Acusou a maioria de vender sentença, fraudar concurso público, praticar nepotismo e outras irregularidades. Hoje, oito anos depois, a nova diretoria do TJ, sob o desembargador Paulo Lessa, busca reconstruir a imagem manchada do Judiciário. Para isso, vem tomando medidas inovadoras e até radicais. Reconhecem que o Poder Judiciário está distante, isolado e aparentemente inacessível para a maioria dos cidadãos que precisa dos seus serviços.

Além do compromisso de lutar para que a Justiça se torne mais acessível, célere e eficiente, Perri, enquanto corregedor-geral, ainda tem a atribuição de apurar denúncias que atentam contra a honra, ética e a moral de alguns magistrados. Cabe a ele inverter o pêndulo da balança, com transparência em meio a processos sigilosos. Mais vale a vontade de acertar do homem do que a omissão de fechar os olhos.

Só ao corregedor-geral Perri cabe o rigor das investigações contra magistrados porque a sociedade de um modo geral se vê, por força do tal sigilo, de olhos fechados. Talvez esteja aí a dificuldade da sociedade em aplaudir o Judiciário.





Fonte: RD News

Comentários

Deixe seu Comentário

URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/219564/visualizar/