Um celular "tomado" a cada 2 dias nos presídios de Mato Grosso
Cada vez mais presidiários utilizam aparelhos celulares de dentro de unidades prisionais para agilizar e fomentar crimes do lado de fora delas. Apesar das diversas descobertas de ações promovidas de dentro das prisões, no Brasil são poucos as unidade que contam com a tecnologia capaz de barras o uso desses aparelhos. Em Mato Grosso não existe nenhuma.
O elevado valor para instalação de bloqueadores é o principal argumento e entrave apontado pela Sejusp. Só no ano passado foram mais de 150 aparelhos, além de centenas de carregadores apreendidos. MT possui oito prisões e 53 cadeias públicas.
Tramitam pelo Senado Federal projetos que obrigam as operadoras de telefonia móvel a instalarem bloqueadores de celulares dentro dos presídios, mas não existe consenso quanto a matéria.
Outro Lado - Questionado quanto a fragilidade na segurança da unidade,o secretário adjunto de Justiça, Carlos Santana, informou que um porta detectora de metais, doada pelo Banco do Brasil, está sendo instalada no Pascoal Ramos o que vai reforçar a segurança. As cadeias de Várzea Grande, Cáceres e Rondonópolis também terão o equipamento. Projeto para aquisição de aparelho de Raio-X foi apresentado ao Departamento Nacional Penitenciário (Depen). Falta a liberação de recursos para aquisição.
Santana ponderou ainda que o elevado custo para instalação de bloqueadores de aparelho celular -instrumento que impede efetuar e receber ligações de dentro de uma determinada faixa de extensão -torna pouco viável a implantação deles. "Estudo feito revela que seriam necessários cerca de R$ 900 mil para o Pascoal e outros R$ 600 para Mata Grande (Rondonópolis)". Ele avalia que a mudança de tecnologia por parte das operadoras afasta a idéia. O circuito fechado de tv, que começou a funcionar este ano, também deve coibir o uso de celulares.
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