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Terça - 19 de Junho de 2007 às 11:15

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Após 24 horas de conversações, representantes da Justiça do Trabalho, da Delegacia Regional do Trabalho e do Ministério Público do Trabalho conseguiram mediar no fim da tarde de domingo (17/06) um acordo entre trabalhadores e diretores da Usina Barrálcool, em Barra do Bugres.

Os cortadores de cana, que suspenderam as atividades na sexta-feira, endureceram o movimento no fim de semana, com a interdição da MT-358, entre Tangará da Serra e Barra do Bugres. O clima era tenso entre os cerca de 3.200 trabalhadores. Dentre as reinvindicações, eles cobravam aumento no valor pago pela tonelada de cana cortada e melhoria na qualidade da alimentação.

Assim que foi informada da situação, a juíza Eleonora Alves Lacerda, titular da Vara do Trabalho de Tangará da Serra, que estava em Cuiabá participando de um curso no Tribunal Regional do Trabalho, deslocou-se no helicóptero da Polícia Militar, atendendo aos pedidos dos trabalhadores.

Apesar das tentativas de acordo terem iniciado ainda no sábado à tarde, somente no domingo, após diversos esforços das autoridades locais e federais - além da suspensão da venda de bebidas alcoólicas na cidade -, os trabalhadores aceitaram formar uma comissão para negociar.

Além do MPT, da DRT, da Promotoria de Justiça de Barra do Bugres e da Polícia Civil do município, a juíza do trabalho destacou o trabalho do Batalhão de Operações Especiais da PM que, sob o comando do tenente-coronel José Antônio Gomes Chaves, conseguiu evitar conflitos e criar um clima de confiança que possibilitou o acordo ao final das negociações.

Conforme a magistrada, a diretoria comprometeu-se em atender a várias reivindicações dos trabalhadores. Dentre elas, a mais significativa foi o aumento de 11% no preço pago por tonelada de cana, que era de R$ 3,24. Foi assegurada ainda mais uma refeição diária e a usina prometeu excluir o desconto de alimentação do salário dos trabalhadores. Algumas irregularidades, constatadas pelas autoridades presentes, deverão ser sanadas imediatamente.

A empresa está proibida de descontar o valor das ferramentas de trabalho e dos equipamentos de proteção do salário dos funcionários, a qualidade da comida terá que ser revista e o valor da diária também sofrerá um reajuste. A procuradora do Trabalho Rosemeire Lopes de Lobo Ferreira firmou um acordo extrajudicial com os diretores da usina, que deverá ser homologado nesta semana na Vara do Trabalho de Tangará da Serra.





Fonte: 24 Horas News

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