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Repórter News - reporternews.com.br
Agronegócios
Terça - 12 de Junho de 2007 às 15:32

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A safra nacional de grãos deste ano deve bater recorde histórico, se mantidas as previsões feitas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). De abril para maio, a previsão da safra de grãos deste ano cresceu 2,2%, devendo chegar a 135,1 milhões de toneladas, 15,5% maior que a do ano passado.

No País, a produção em toneladas ficou distribuída da seguinte forma: região Sul, 60,5 milhões; Centro-Oeste, 44,5 milhões; Sudeste, 16,0 milhões; Nordeste, 11,0 milhões e Norte com 3,0 milhões.

Com uma previsão de safra recorde, o IBGE alerta para a necessidade de investimentos em infra-estrutura para armazenamento. De acordo com o chefe de coordenação de Agropecuária do instituto, Flavio Bolliger, a produção armazenada brasileira média é de apenas 10%, "um valor considerado baixo diante dos países desenvolvidos".

Bolliger observou que esse percentual mostra a dificuldade que os pequenos produtores têm para estocar seus produtos, "e também uma menor participação do estado, que tradicionalmente comprava mais a produção". De acordo com o técnico, esse papel hoje "é desenvolvido em grande parte pela iniciativa privada".

De acordo com a Pesquisa de Estoques referente ao segundo semestre de 2006, também divulgada hoje, os maiores estoques registrados foram de milho em grão, soja em grão, trigo em grão, arroz em casca e café em grão, nesta ordem. O crescimento na estocagem do café, em relação ao segundo semestre de 2005, foi o de maior destaque, com alta de 20,6%. Já o estoque de trigo apresentou queda de 28,3%.

O estudo do IBGE indica que houve uma redução de 2,1% no número de estabelecimentos de estocagem na comparação entre o segundo e o primeiro semestre do ano passado. O instituto também apurou que no final de 2006 havia mais de 12,8 milhões de toneladas de grãos estocados, em cerca de 9.228 estabelecimentos.

De acordo com Flávio Bollinger, a região Sul concentra cerca de 42% das redes de armazenamento e é a mais bem atendida. Já a região Centro-Oeste registra apenas 21,8% das redes de armazenamento, e estão mal distribuídos, segundo o IBGE.

"A infra-estrutura de estocagem de estados como o Mato Grosso do Sul fica aquém da sua capacidade de produção. Isso resulta em armazenamentos a céu aberto ou postergação da colheita, o que gera perda de quantidade e qualidade da produção", disse Bollinger.





Fonte: RMT-Online

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