Laudo de perícia sobre armas utilizadas em simulação da PM será divulgado amanhã
Na sexta-feira passada, a professora Purcina Adriano Ferreira (33), que foi atingida por um disparo na ação da PM, recebeu alta. Ela continua com uma bala alojada atrás do olho direito. Pela primeira vez depois do acidente, Purcina deu entrevista e revelou que tem medo de ficar cega.
A professora lembra com detalhes do momento da ação da PM. "No segundo estrondo eu já escutei meu ouvido zunir. Nisso, olhei para a frente e vi o Luiz Henrique caído e as crianças começaram a gritar o meu nome falando que eu tinha sido atingida. Não percebi muito porque minha orelha zunia, abaixei minha cabeça e começou a sair muito sangue", disse Purcina.
Na operação da Polícia Militar, pelo menos uma das armas que era para estar com munição de festim tinha munição de verdade. Além de Luiz Henrique Bulhões ser atingido e morrer vítima dos disparos, nove pessoas ficaram feridas.
Purcina ainda se recupera do ferimento e continua com a bala alojada atrás do globo ocular. Com o olho direito, Purcina só consegue identificar vultos. Mesmo assim, ela diz que não guarda ressentimentos do que aconteceu. "Tem uma investigação. Isso vai ser averiguado, a polícia vai investigar. Não guardo mágoa de ninguém", completou a professora.
Purcina viajará amanhã para Goiânia, onde realizará uma nova série de exames. Ela tem receio de nunca mais voltar a enxergar. "Só o fato de você achar que nunca mais vai voltar a enxergar, é doído. Meu maior medo é esse. Estou muito preocupada com minhas vistas", declarou.
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