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Repórter News - reporternews.com.br
Cidades/Geral
Domingo - 10 de Junho de 2007 às 08:13

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Não dá para contar quantas ocorrências são registradas por dia de crimes de estelionato via Internet, de cartões e cheques clonados e de compras de linhas telefônicas realizadas por pessoas que usam os documentos e outras. A Polícia suspeita de uma quadrilha que estaria de posse de uma máquina com capacidade em clonagem de cheques e cartões de crédito e de débitos. A Polícia ainda não menciona a suposta participação de funcionários de bancos no esquema, que aumentou mais de 200% nos últimos dois anos, apenas em Cuiabá.

Com certeza, no entanto, podemos confirmar que são mais de 15 por dia e os números aumentam em ritmo acelerado. Os prejuízos também são grandes de pessoas que imaginam que têm determinadas quantias em suas contas correntes, mas quando vão tirar um extrato bancário descobrem que estão no vermelho.

Via Internet, os estelionatários pagam suas contas, sempre de outros Estados. O técnico em informática Ronan Lopes da Silva, de 28 anos, quase arrancou os cabelos da cabeça quando descobriu o rombo em sua conta corrente do Bradesco. Um espertinho de Goiás, fez algumas transferências e pagou três contas de luz, uma conta de água e ainda recarregou um aparelho celular com o dinheiro de Ronan.

O esperto estelionatário pagou uma conta de água no valor de R$ 345,44; três contas de luz nos valores de R$ 82,21; R$ 119, 37 e R$ 228,28. Para recarregar o telefone celular, no entanto, o espertinho teve mais “consciência” e só usou R$ 15,00 da conta de Renan.

A reportagem do Site 24 Horas News também teve acesso a uma ocorrência, cuja vítima foi o advogado Rômulo Augusto Correa da Costa, de 60 anos. Mesmos em querer, ele foi até uma agência do Banco do Brasil, e ao tirar um extrato bancário, constatou que dois cheques entraram na conta dele para compensação.

Assustado, até porque tinha certeza que não tinha passado nenhum cheque nos valores de R$ 970,00 e R$ 950,00, respectivamente, o advogado procurou a agência do BB. Antes de falar coma gerente, Rômulo recebeu uma ligação para confirmar, ou não os valores do cheque. Resultado, a transação foi cancela e o dinheiro da quase vítima não saiu da conta.

Rômulo conversou com a reportagem, quando confirmou a tentativa de estelionato. Contou também que os números dois cheques não combinavam com os números dos canhotos do talão de cheque deles. “Eu só desconfiei, primeiro porque não havia passado nenhum cheque com os valores descritos. Segundo porque os números dos cheques que estavam sendo compensados eram superior aos dos canhotos do meu talão de cheques”, afirmou Rômulo.

Na conversa, o advogado citou alguns detalhes que estão sendo investigados pela Polícia. Os dois cheques foram depositados em duas contas diferentes. Em duas agências diferentes e com dois nomes de correntistas diferentes. “A Polícia já tem os nomes e outros detalhes das contas onde os cheques foram depositados. Só falta agora identificar, e se possível prender os acusados”, mencionou o advogado.

A Polícia também registra constantemente casos de pessoas que têm suas contas violadas através de cartões de créditos ou de cartões de débitos clonados. A Polícia só não, no entanto - pelo menos até o presente momento -, como os golpistas conseguem descobrir as senhas e sacar o dinheiro em caixas eletrônicos, geralmente de outros Estados brasileiros. “Eu não acredito que alguém possa adivinhar uma senha sem ajuda. Não quero acusar ninguém, mas a Polícia também precisa investigar funcionários de bancos”, alertou Maria da Penha, que teve o cartão de crédito clonado e levou um prejuízo de mais de R$ 2 mil.

LINHAS TELEFÔNICAS

Na rotina das clonagens de cartões e dos talões de cheques, também surgem, até como rotina, as ocorrências de pessoas que tiveram seus nomes envolvidos em dívidas. Algumas até bem altos, na compra de linhas telefônicas. Os golpistas usam documentos falsos: Carteira de Identidade e CPF para a cobra de linhas telefônicas por telefone.

A vendedora Silva quase tem um ataque cardíaco quando descobriu uma dívida de mais de R$ 3 mil que ela teria contraído com a compra de duas linhas telefônicas para Cuiabá. Na realidade, os golpistas usaram apenas os números da RG e o CPF dela para comprar as linhas e instalar e duas casas em diferentes bairros da Capital.

Também existem casos pessoas que moram em Cuiabá, mas que “compram” linhas telefônicas em outros Estados. Não como aconteceu, muito menos como os golpistas conseguiram fazer para comprar uma linha telefônica em outra cidade, se eu nasci, cresci e moro na mesma casa há mais de 30 anos”, desabafou uma vítima que pediu para não ser identificada.





Fonte: 24 Horas News

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