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Cidades/Geral
Quinta - 31 de Maio de 2007 às 16:46
Por: GABRIELA GUERREIRO

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O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), decidiu enviar diretamente a representação do PSOL contra ele para o Conselho de Ética da Casa sem exigir a análise prévia do caso pela Mesa-Diretora --presidida também por ele. Com isso, Renan sinaliza querer evitar críticas à suposta manobra para adiar a investigação contra ele.

"Acabo de despachar a representação do PSOL para o conselho para que não percamos tempo com isso", disse Renan na tarde desta quinta-feira.

Renan é acusado de envolvimento com o lobista Cláudio Gontijo, da Construtora Mendes Júnior, que arcaria com o pagamento pensão e aluguel da jornalista Mônica Veloso --com quem tem uma filha fora do casamento.

O anúncio de Renan foi feito logo depois de o presidente do Conselho de Ética, Sibá Machado (PT-AC), anunciar que iria enviar a representação do PSOL por quebra de decoro parlamentar contra Renan para a Mesa Diretora do Senado --o que atrasaria o processo de investigação.

Sibá alegava que o regimento do Senado determinava que a representação teria que ser analisada primeiro pela Mesa Diretora porque foi protocolada por um partido. "A representação em questão deve ser dirigida à Mesa a quem compete realizar o juízo de admissibilidade da matéria para então encaminhá-la ao Conselho de Ética. Esse procedimento tem a finalidade de evitar vícios que possam ser alegados posteriormente e anular o processo."

Após o anúncio de Renan, Sibá deu o caso por encerrado. "Está resolvido o impasse de maneira protocolar e legal."

Ele negou a intenção de querer adiar a investigação. "Em nenhum momento decidi enviar o processo à Mesa para postergar as investigações contra Renan. As pessoas podem me julgar como quiserem. O que vale é minha consciência e responsabilidade. Eu cumpri a Constituição."

Afastamento

O senador Pedro Simon (PMDB-RS) chegou a sugerir anteriormente que Renan se licenciasse do cargo de presidente do Senado para que a Mesa pudesse opinar com isenção a admissibilidade da representação.

Ele disse ainda considerar estranha a atitude de Sibá de não dar início ao processo diretamente no Conselho de Ética. "Esse super poder dado à Mesa me parece estranho e exagerado. O Conselho de Ética deveria ter o direito de discutir a representação."





Fonte: Folha Online

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