<b>Preso do Pascoal Ramos fingia ser prefeito de SP para aplicar golpe</b>
Costa está preso há nove anos na Penitenciária Pascoal Ramos, em Cuiabá. De dentro da cela e adotando um vocabulário mais sofisticado, o criminoso conseguia enganar suas vítimas. Ele foi descoberto após aplicar um golpe na cidade de São João da Boa Vista, a 229 km de São Paulo.
Ele ligou para a vice-prefeita da cidade do interior, se passando por Kassab, e alegou que precisava pagar uma indenização por conta do episódio em que o prefeito de São Paulo se desentendeu com um manifestante em um posto de saúde na capital paulista, em fevereiro de 2007.
Segundo o "falso Kassab", a indenização foi acertada no valor de um carro. Ele pediu para a vice-prefeita indicar um comerciante da cidade "de confiança e discreto" para fazer o negócio. O estelionatário entrou em contato com o dono da agência de automóveis, e orientou o empresário a levar o veículo para um avaliador, que acabou também sendo vítima da trapaça.
Depósito
Ao avaliador, Costa disse que era dono do carro - que valeria R$ 20 mil - e afirmou que, por conta da necessidade de obter dinheiro rapidamente para pagar a indenização, aceitaria uma proposta de R$ 13 mil pelo veículo. O avaliador achou o valor muito baixo e ofereceu R$ 15 mil pelo carro, depositando o valor em uma conta indicada pelo falsário.
Os dois comerciantes procuraram a Polícia quando perceberam que estavam sendo enganados. Depois de investigações a Polícia chegou ao titular da conta indicada. O operador da conta tentou retirar a quantia depositada, mas a conta já estava bloqueada. Ao fugir da agência bancária, ele deixou sua cédula de identidade falsa no banco.
No trabalho de investigação, a polícia constatou que as cidades de Paranaguá, Ponta Grossa, São Mateus do Sul, Franca, Monte Alto, Atibaia e Tupã também foram contactadas pelo golpista. A Polícia também descobriu que as ligações feitas para as prefeituras vinham de um telefone celular, que estava dentro de uma cela em Cuiabá na posse do presidiário.
Costa inicialmente negou a autoria do golpe, mas sua voz foi reconhecida pelas vítimas e por um exame feito pela perícia com gravações das ligações. O detento vinha tentando obter liberdade condicional, pedido que foi revogado após o novo indiciamento.
Comentários