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Repórter News - reporternews.com.br
Cidades/Geral
Sábado - 19 de Maio de 2007 às 07:49
Por: Celso Bejarano Jr.

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Nota divulgada pela AMMP (Associação Mato-grossense do Ministério Público) mostra uma desavença envolvendo um promotor de Justiça e uma juíza que atuam no município de Tangará da Serra.

O comunicado, assinado pelo presidente da entidade, o promotor de Justiça Marcelo Ferra de Carvalho, começa citando uma reportagem publicada no diário “O Jornal”, que teria narrado uma acusação feita pela juíza Wandinelma Santos.

A magistrada, segundo a nota, teria informado ao jornal que o promotor Vinícius Gahya Martins, havia produzido escutas clandestinas em linhas telefônicas de autoridades públicas de Tangará da Serra. O suposto grampo teria atingido inclusive a juíza.

Na nota, o presidente da AMMP, escreve que “nitidamente, a fonte da notícia caluniosa é a própria denunciante, já que o informativo contém, inclusive, a íntegra de um ofício por ela elaborado e remetido à sua associação de classe”.

Segue o promotor em seu comunicado: “A AMMP repudia com veemência a conduta irresponsável e leviana da Sra. Wandinelma Santos que, alheia aos atributos da discrição, da prudência e do respeito institucional que orienta a conduta dos magistrados, divulga fato mentiroso e totalmente divorciado da realidade”.

O promotor Vinícius Gahya e a juíza Wandinelma Santos, se enfrentaram numa ação judicial cerca de duas semanas atrás.

É que o Tribunal de Justiça de Mato Grosso afastou a juíza do processo que investiga o assassinato da estudante Flávia de Oliveira Silva, de 19 anos, crime ocorrido em 2003 na cidade. O caso comoveu a população. Flávia foi estuprada três rapazes antes de ser morta por asfixia. Para a corte estadual, a magistrada fora tirada do caso por parcialidade e “vício de suspeição”.

Ocorre que quem moveu o mandado segurança que pediu o afastamento da juíza foi o promotor Vinícius Gahya.

Daí, a dedução da associação dos promotores, narrada no comunicado: “cumpre informar à sociedade que essa denúncia descabida só foi divulgada pela referida pessoa poucos dias depois do Tribunal de Justiça afastá-la, liminarmente, por suspeição, da condução de uma ação penal que grande repercussão na cidade de Tangará da Serra, em mandado de segurança interposto pelo Dr. Vinícius Gahya Martins, no uso das suas atribuições”.

Na nota, o representante dos promotores, Marcelo Ferra de Carvalho diz que os membros do MP “jamais promoveriam qualquer interceptação telefônica sem autorização da autoridade judiciária competente e não será um factóide exibicionista que irá conspurcar a convicção do respeito incondicional que os Promotores e Procuradores de Justiça mantém pela legislação vigente”.

Até a tarde desta sexta-feira a juíza não havia se manifestado quanto à nota, publicada desde a quinta-feira, no site de notícias do Ministério Público (www.mp.mt.gov.br). A juíza teria sido impedida de atuar no caso do assassinado da jovem por ter dito que ela havia trabalhado no passado com um dos advogados dos denunciados no crime.





Fonte: MidiaNews

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