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Cidades/Geral
Quarta - 16 de Maio de 2007 às 07:42

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O deputado Walter Rabello, após reclamar que foi maltratado pelo comandante-geral da Polícia Militar, coronel Adaildon Evaristo de Moraes, comprou mesma "briga" com o alto comando da PM. Ele entregou nesta terça (15) um dossiê-bomba confidencial ao governador Blairo Maggi. Com 64 páginas, o documento traz denúncias e detalhes de investigações, inclusive da Polícia Federal, que comprometeriam até o coronel Adaildon.

Começa citando um ofício assinado por 10 coronéis PM, convocando o Conselho Superior da Polícia para ouvir o comandante-geral sobre um projeto de reengenharia operacional. Sugere participação de Adaildon em esquema ilegais, citando inclusive inquérito policial. O dossiê lista vários nomes de oficiais, inclusive de alguns que foram presos por integrar a máfia dos combustíveis.

Denuncia supostos furtos com envolvimento de PMs em Pontes e Lacerda em 1997, denúncia em Cáceres e conteúdo de um relatório do Núcleo de Inteligência da Polícia Federal em MT sobre um major que, segundo o relatório, teria recebido R$ 150 mil para desocupar terras. Menciona até casos de pistolagem e usa a expressão "quadrilha". Denuncia também que alguns PMs teriam usado de agressão contra posseiros na região de São Félix do Araguaia.

Por fim, o dossiê, já em poder do governador, traz os seguintes dizerem: "(...) Para nós, oficiais coronéis da PM/MT, trata-se de uma questão de responsabilidade com o nosso Estado, com o nosso governo, com a nossa Polícia Militar e, acima de tudo, com a nossa sociedade, impedir que tais atividades prosperem aos nossos olhos". Depois, emenda: "Ficamos ouvindo notícias de que somos malfeitores e os revoltosos que tentam impedir a implantação de um projeto salvador da pátria que não tivemos a competência para implementá-lo."

O relatório pede providências ao governador: "Estamos certos que a proximidade desses oficiais não é mera coincidência. Representa um sinal de alerta que já tem trazido e pode produzir desgastes irreparáveis á PM/MT e ao Estado de Mato Grosso".

Reação

O comandante-geral da PM, coronel Adaildon, diz considerar estranho que esse fato torne público agora. Segundo ele, caberia ao comandante-geral da época apurar as acusações. Já Walter Rabello, que uma semana antes de entregar o dossiê para Maggi esteve reunido com um grupo de coronéis, alega que as denúncias são muito graves e que precisam ser apuradas.





Fonte: RD News

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