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Economia
Domingo - 14 de Abril de 2013 às 13:07

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Os líderes financeiros das 20 maiores economias do mundo vão avaliar na próxima semana em Washington uma proposta para reduzir a dívida pública no longo prazo para bem abaixo de 90% do Produto Interno Bruto (PIB), mostrou um documento preparado para a reunião.


 
A proposta foi elaborada após o acordo dos líderes do G20 em junho de 2012, que estabeleceu metas ambiciosas de redução da dívida para além de 2016.


 
Os executivos propuseram que "a longo prazo, os membros do G20 devem manejar suas políticas fiscais para alcançar um nível de dívida que está bem abaixo de 90% do PIB", afirma um documento preparado para os delegados da União Europeia para a reunião.



 
"Assumimos a proposta feita pelos executivos sobre os objetivos fiscais como uma boa base para discussão", disse o documento, aprovado pelos ministros das Finanças da UE neste sábado (13).


 
A própria UE, no entanto, tem um limite de endividamento mais ambicioso, de 60% do PIB para seus 27 membros, e irá sugerir uma meta mais baixa do que a proposta de 90% ao G20.


 
"Nossa experiência com os 60% do PIB mostra a importância de uma âncora mais ambiciosa para dívida. Isso é necessário para alcançar uma trajetória de consolidação que está cuidadosamente calibrada para sustentar a recuperação", afirma o documento.


 
"As economias avançadas do G20 devem se comprometer com uma âncora comum de redução da dívida, incluindo os planos de ajuste fiscal que apontam para um caminho claro e crível de queda dos níveis de dívida pública", diz o documento.


 
As metas que serão avaliadas pelo G20 na semana que vêm já aplicadas na UE, que reajustou recentemente onde o nível da dívida para 90% do PIB, e estão próximas das dos EUA, que possui uma dívida em torno de 105% do PIB.


 
Mas são bastante ambiciosas para países como o Japão, cuja dívida é bem acima de 200% do PIB.


 
Para vencer a deflação e sair da estagnação econômica, o Banco do Japão lançou uma rodada mais intensa de estímulo monetário e promete injetar cerca de US$ 1,4 trilhão na economia em menos de dois anos.


 
O G20 deve discutir dos efeitos do afrouxamento monetário japonês e de outras economias avançadas nas economias emergentes, disse na sexta-feira o ministro das Finanças do Japão, Mitsuhiro Furusawa.


 
A escala maciça de estímulo do Banco do Japão empurrou o iene para a cotação mínima em quatro anos frente ao dólar e sacudiu os preços dos títulos japoneses. O rendimento dos títulos de 10 anos subiu para 0,635% na sexta-feira, após ter chegado a 0,315%, um piso recorde.


 
A UE vai avisar o G20 na próxima semana que tais políticas japonesas oferecem riscos.


 
"Saudamos os esforços do Japão para reativar o crescimento. No entanto, as preocupações de longo prazo permanecem, diante da crescente dependência por estímulos fiscais e monetários, enquanto ousadas reformas estruturais são necessárias para enfrentar os desafios subjacentes", diz o documento.


 
"Tendo em vista seu elevado nível de dívida pública bruta, apoiamos medidas de consolidação orçamental no Japão, incluindo aumentos de impostos sobre o consumo para 2014 e 2015".


 
A UE também vai incentivar a China a acelerar a liberalização do setor financeiro e reforçar a sua rede de segurança social e se mover rapidamente em direção a um sistema de taxa de câmbio determinada pelo mercado.





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