Justiça começa a ouvir denunciados por esquema de grilagem de terra em MT
Ao todo, o Ministério Público Federal em Mato Grosso denunciou 38 pessoas por suposta participação nesse esquema. Eles vão responder pelos crimes de lavagem de dinheiro, falsificação de documentos públicos, falsidade ideológica, corrupção ativa e passiva, ocultação de documentos públicos, formação de quadrilha e fraude contra instituições financeiras.
A suposta quadrilha foi desarticulada em abril durante a Operação Lacraia da Polícia Federal. De acordo com as investigações da PF, o grupo falsificava e forjava registros e títulos de propriedades rurais, que posteriormente eram usados na obtenção de empréstimos e financiamentos bancários.
A investigação revelou ainda que a quadrilha alterava documentos originais e montava registros falsos de terra com a colaboração de funcionários dos cartórios.
Segundo a PF, cada documento era negociado por R$ 5.000, em média, podendo em alguns casos chegar ao valor de R$ 40 mil. Os pagamentos eram feitos através de depósitos em contas de "laranjas", com a finalidade de dificultar o rastreio.
Interrogatórios
Hoje, serão ouvidos Adaídes Pereira Gervásio, Dionísio Barbosa, Divina Célia Moreno Nascimento, Helena Costa Jacarandá e Lucélia Barros Lopes Parreira, além de Helenda Costa Jacarandá. Essa última não está mais presa preventivamente.
Amanhã, a Justiça toma os depoimentos de Adailton Galdino de Oliveira, Henrique Medeiros da Cruz, Irismar de Paula Paraguassu e Renato Alves de Oliveira Júnior. Na quarta-feira, serão interrogados Divino Marra da Silva, Eliane Silva Moreira, Maria de Lourdes Dias Guimarães, Rondon Rodrigues da Silva e Thattiane Gervásio do Nascimento.
De acordo com o MPF, os outros 24 denunciados serão citados e intimados pela Justiça para serem interrogados futuramente.
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