MPF move ações contra 27 frigoríficos por abate em áreas desmatadas e com trabalho escravo
O Ministério Público Federal anunciou que irá acionar judicialmente 27 frigoríficos em Mato Grosso, Amazonas e Rondônia que não assinaram o termo de ajustamento de conduta para a regularização da cadeia produtiva da carne.
O acordo, segundo informa o MPF, previa que os frigoríficos se comprometeriam a deixar de abater e comercializar animais oriundos de áreas embargadas pelo Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Renováveis (Ibama) por desmatamento ilegal, fazendas localizadas dentro de terras indígenas ou que constam da lista suja do trabalho escravo.
Em nota à imprensa, o MPF reforça que o prazo para a assinatura do acordo com o Ministério Público Federal em Mato Grosso, Amazonas e Rondônia encerrou no dia cinco de abril.
O cruzamento de dados das guias de transporte de animais, que trazem a informação do local de origem do animal e o destino para o abate, identificou que esses frigoríficos, que ainda não tiveram os nomes divulgados, compraram animais de fazendas em situação irregular de desmatamento, sem licenciamento ambiental, constantes da lista suja do trabalho escravo e localizadas dentro de terra indígena.
As ações propostas pelo MPF em Mato Grosso, Amazonas e Rondônia fazem parte de uma ampla atuação pela regularização da cadeia produtiva da carne nos Estados da Amazônia brasileira.
O Ministério Público federal dera mais informações sobre o caso na próxima segunda-feira (13), em entrevista coletiva à imprensa, na qual participação os procuradores da República que integram o Grupo de Trabalho Amazônia (GT Amazônia). Com MPF.
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