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Cidades/Geral
Sábado - 12 de Maio de 2007 às 06:36

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Motoristas e cobradores de ônibus de Cuiabá decidem hoje em duas assembléias se haverá greve por tempo indeterminado ainda este mês. Mesmo se a paralisação for aprovada amanhã, o início não será imediato, porque os trabalhadores aguardarão um encontro com representantes do Tribunal Regional do Trabalho e do Ministério Público do Trabalho para obter orientação sobre como agir para evitar que liminares derrubem a mobilização.

Maio é o mês do dissídio coletivo dos trabalhadores do transporte coletivo urbano no Estado. Todo ano, motoristas e cobradores entram em um embate judicial para discutir melhoria salarial e outros benefícios para a categoria. Por causa da dificuldade para negociação entre as partes, o mês de maio acabou se tornando também referência para as greves no transporte coletivo urbano.

Este ano, os trabalhadores pedem redução na jornada de trabalho, adicional de salubridade, plano de saúde e reajuste salarial de 12%. Depois de uma reunião com representantes do Sindicato dos Transportes Urbanos (MTU) ontem de manhã, os membros do Sindicato dos Trabalhadores saíram insatisfeitos com as propostas. Os empresários ofereceram apenas o reajuste, e de 3,3%.

Segundo o presidente do Sindicato dos Cobradores e Motoristas de Ônibus de Mato Grosso, Ledevino da Conceição, os empresários argumentam que é impossível oferecer mais do que isso sem o aumento da tarifa de ônibus. “Não aceitamos essa proposta. Mas vamos nos precaver este ano e procurar orientações para fazer as negociações sem prejudicar as partes, e principalmente, sem prejudicar a população e evitar as liminares”, disse Ledevino.

A primeira assembléia de hoje será às 9 horas. A segunda, às 15 horas. O sindicato fará duas assembléias para que o maior número possível de trabalhadores possa participar das deliberações. Além da proposta de paralisação por tempo indeterminado, o sindicato também apresentará as propostas de continuar a discutir o dissídio sem greve e de aceitar o oferecido pelos empresários.

Ledevino explicou que mesmo se não for deliberada a greve hoje, haverá a conversa com representantes do TRT e MPT. Se houver a decisão de paralisar as atividades, será convocada nova assembléia após a reunião de terça-feira para decidir a data do início da greve.

O presidente do sindicato comentou que as negociações deste ano estão em um ritmo diferente por causa das empresas que fecharam no ano passado e dos empresários que tiraram ônibus das linhas. Com essas mudanças, o número de funcionários caiu de 3,5 mil para 2,8 mil. “Acho que será positivo para o movimento, porque o pessoal está desempregado e, por isso, não tem nada a perder. Essas pessoas poderão ajudar muito se houver a greve”, avaliou.




Fonte: Diário de Cuiabá

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