<b>Ex-gerente de Arcanjo repete que não participou de ''esquema via offshores''</b>
Mais de quatro anos após a deflagração da Operação Arca de Noé, Teixeira depôs por menos de uma hora, na condição de testemunha, em um dos cinco inquéritos conduzidos pelo delegado Diógenes Curado Filho para apurar as relações estabelecidas por Arcanjo e apontar responsabilidade de outras pessoas. O ex-gerente disse que não atuava nas operações de remessa de dinheiro para o exterior -- tarefa que, segundo ele, cabia ao próprio Arcanjo e ao ex-contador do grupo Luiz Alberto Dondo.
Teixeira declarou que era responsável somente pela “parte operacional da Confiança Factoring”. Em depoimento prestado ontem, Dondo voltou a confirmar que os recursos do jogo do bicho e o lucro das factorings eram enviados para o Uruguai. A offshore Aveyron, de propriedade de Arcanjo, servia para lavar o dinheiro ilegal obtido no Brasil e conseguir empréstimos junto ao Bank Boston, conforme as acusações.
Vice-prefeito – A reportagem apurou que a PF também já ouviu o vice-prefeito de Diamantino, Milton Criveleto (DEM), sobre a compra de uma fazenda do ex-secretário de Justiça e Segurança Pública Hilário Mozer (governo tucano Dante de Oliveira). Em consequência do negócio, Criveleto assumiu uma dívida contraída pelo ex-secretário junto a uma factoring. Em 2003, o Banco Central informou à Justiça Federal que Mozer recebeu dinheiro de factorings do Arcanjo. Ele também apareceu como presidente da Gamza S.A., outra empresa de Arcanjo no Uruguai, usada em lavagem de dinheiro, segundo a Justiça.
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