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Cidades/Geral
Quinta - 26 de Abril de 2007 às 15:05

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Já está na carceragem da Polícia Federal em Barra do Garças o corretor de imóveis José Roberto de Oliveira, a última pessoa entre as 33 envolvidas no esquema de fraude cartorária e grilagem de terras desvendado pela Operação Lacraia que ainda faltava ser presa. Ele se entregou na delegacia da PF em Barra e responderá por crime de estelionato e falsificação de documentos públicos.

O corretor de imóveis, residente na cidade de São José do Rio Preto (SP), estava foragido desde a deflagração da operação, que determinou o cumprimento de 33 mandados de prisão e 38 de busca e apreensão nos estados de Mato Grosso, Goiás e São Paulo. José Roberto é acusado, junto com o também corretor Rubens Omar Maurmann Borges, o “Quinho”, de intermediar clientes e aliciá-los para os falsificadores, nas transações que envolviam escrituras frias relacionadas à lavagem de dinheiro e a obtenção, mediante fraude, de financiamentos em instituições financeiras.

Segundo o delegado da PF em Barra do Garças, Éder Magalhães, Zé Roberto, como é conhecido, e Quinho agiam em conjunto. “Sempre que se tratava de elaborar documentos para calçar financiamentos bancários, os dois agiam”, disse. Os documentos encomendados pela dupla eram falsificados nos cartórios de Barra, Água Boa e Baliza (GO), no esquema em cuja ex-tabeliã do Cartório do 1º Ofício de Barra do Garças, Helena Costa Jacarandá, é apontada como líder.

Ontem à tarde, o delegado voltou a ouvir seis das 22 pessoas que tiveram a prisão temporária prorrogada pelo juiz federal Julier Sebastião da Silva. A prorrogação foi necessária porque eles pouco teriam colaborado com as investigações, que ainda continuam. Os documentos apreendidos nas casas dos envolvidos apontam para um grande esquema de falsificação de escrituras e desvio de milhões de reais.

Eder Magalhães apresentou provas que confirmam as falsificações de escrituras feitas pela quadrilha. “Observa-se que a primeira matrícula, verdadeira (suprimida do Cartório de 1º Ofício de Barra do Garças para viabilizar a fraude), refere-se a um pequeno lote de terras no perímetro urbano, ao passo que a segunda, falsificada, a qual recebeu mesmo número da primeira – 15.942 -, passou a se referir a um latifúndio de mais de 35 mil hectares que, em seguida, era apresentado às instituições bancárias como garantia dos financiamentos pleiteados e obtidos de forma irregular”, esclareceu.

O primeiro inquérito acerca do esquema será concluído ainda hoje pela PF e, amanhã, segue para a 1ª Vara da Justiça Federal no Estado. De acordo com a assessoria de imprensa da corporação, a partir das análises dos documentos apreendidos, fase em que as investigações encontram-se agora, novos inquéritos podem ser abertos, bem como novas prisões executadas.





Fonte: Tangará Repórter

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