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Repórter News - reporternews.com.br
Cidades/Geral
Quarta - 25 de Abril de 2007 às 09:52

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A votação dos projetos sobre as carreiras dos policiais militares na Assembléia Legislativa foi adiada novamente. O Governo diz que não tem como arcar com o impacto da folha de pagamento se a emenda de aumento salarial dos praças for aprovada. Mas o impasse pode estar chegando ao fim. Agora a categoria afirma que não vai mais brigar pelo reajuste.

No plenário, nenhuma discussão. E nas galerias, nenhum manifestante. Foi uma sessão morna, em que o destaque ficou para os bastidores, onde continua a polêmica sobre a emenda aos textos do Executivo, que prevêem aumento para os praças. O secretário chefe da Casa Civil, João Malheiros, foi objetivo. Se os deputados aprovarem os projetos com as emendas, o Governo vai vetar. "Até porque nós gostaríamos, mas não podemos. Nós temos que trabalhar dentro da nossa realidade. E a realidade é essa, que o projeto que tá aqui contém. Se for o projeto aprovado com emenda, as emendas não serão por nós acatadas", disse.

O líder do Governo na Assembléia Legislativa, Mauro Savi, preferiu não se manifestar sobre o assunto. A Comissão de Segurança Pública da Assembléia Legislativa tem até esta quarta-feira para analisar as emendas. O parecer deve ser votado em plenário hoje. Depois, caberá à Comissão de Constituição e Justiça a análise da matéria. Isso poderá ser feito em uma reunião extrardinária ou na sessão de terça-feira que vem. Só então os projetos serão votados.

"É isso que nós queremos, que vá a plenário. Se é com ou se emendas, é uma discussão que não nos atinge. Nós precisamos que esses projetos sejam encaminhados e sejam votados, porque são direitos dos policiais militares que estão em jogo. E quanto mais tempo isso demora, mais se vai perdendo", tenente-coronel Sérgio Colneza, presidente da associação dos Oficiais.

"São três mensagens, elas têm duas emendas cada mensagem. São seis emendas. E elas estão no projeto, elas serão votadas. Se não forem retiradas, elas serão votadas", afirmou o deputado Sérgio Ricardo, presidente da Assembléia Legislativa.

O impasse motivou protestos no fim de semana em Cuiabá. Mulheres e praças impediram a saída de PM's do 1º Batalhão. Eles não querem que o reajuste fique restrito aos oficiais. O Comando informou que 40 PM's envolvidos na manifestação serão punidos. Se o clima, até poucos dias, era de discórdia, agora já se vê oficiais e praças lado a lado, falando o mesmo discurso. Segundo a Associação dos Cabos e Soldados, a luta pelo aumento continua, mas pode ficar para depois.

"Aprovem logo esse projeto de reestruturação de carreiras, porque se nós ficarmos brigando pela reestruturação e pelo salário ao mesmo tempo, a categoria perde muito com isso, porque deixa de ser promovida. Então, ganhemos logo isso aqui, resolva logo essa questão de aprovar a reestruturação de carreira e em seguida nós retomamos uma negociação com o Govermo em nível de salário", disse Fernando Santos Silva, o presidente da associação.





Fonte: TV Centro América

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