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Repórter News - reporternews.com.br
Cidades/Geral
Quarta - 25 de Abril de 2007 às 05:53

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Cinco agências do Banco do Brasil e uma da Nossa Caixa foram ocupadas nesta terça-feira na região do Pontal do Paranapanema e em Sorocaba, em São Paulo, por integrantes do Movimento dos Sem-Terra (MST), para cobrar a renegociação de dívidas dos assentados e a liberação de novos financiamentos. As ações fazem parte da onda de protestos deflagrada este mês em todo o País, chamada de Abril Vermelho, pedindo agilidade na implantação de reforma agrária.

Em Sorocaba, cerca de 100 militantes marcharam do centro da cidade à zona bancária e ocuparam o andar térreo do prédio da Nossa Caixa. A Polícia Militar deslocou quatro carros para o local, mas não houve tumulto. De acordo com o coordenador regional do MST, Joaquim da Silva, o grupo saiu de assentamentos das regiões de Itapeva, Itapetininga e Iperó e protestava contra a falta de crédito para os assentados. "O dinheiro fica parado e, quando sai, já passou a hora de plantar", reclamou.

Os sem-terra também ocuparam, em Sorocaba, a agência regional do Banco do Brasil e a frente do prédio da Justiça Federal. Os manifestantes queriam discutir a demora no julgamento de processos envolvendo a tomada e uso de terras improdutivas para assentamentos.

No Pontal, foram invadidas agências do Banco do Brasil em Santo Anastácio, Presidente Venceslau, Teodoro Sampaio e Euclides da Cunha Paulista.

Os sem-terra também protestaram ontem em Araraquara (SP), onde a sede do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) foi ocupado por cerca de 60 integrantes do MST de Ribeirão Preto, Serrana e Serra Azul. "Estamos protestando contra a morosidade do estado nas instalações de acampamentos e assentamentos", disse Fábio Henrique da Silva Costa, da direção estadual do MST.

Apesar da nota distribuída, indicando que a ocupação seria por tempo indeterminado, Costa informou que o grupo voltaria para Ribeirão Preto após entregar as pautas de reivindicação ao responsável pelo Incra na região. "O governo não está dando andamento para concretizar as benfeitorias prometidas", comentou Costa.

Para o Assentamento Sepé Tiaraju, entre Serrana e Serra Azul, os sem-terra reivindicam posto de saúde, escola, entreposto de comercialização do que produzem, rede de água nos lotes e fornecimento de água potável. Para o Acampamento Mário Lago, de Ribeirão, querem liberação da Declaração de Aptidão ao Programa de Aquisição de Alimentos e a implantação do Projeto de Assentamento.

Em Alagoas, um grupo de 500 trabalhadores rurais ligados à Comissão Pastoral da Terra (CPT) ocupou de manhã o Porto de Maceió. Segundo o coordenador da CPT em Alagoas, Carlos Lima, o protesto foi pacífico. Ele afirmou que, em Alagoas, mais de 20 mil famílias vivem em acampamentos.

Os sem-terra se concentraram na entrada do porto e impediram o trânsito de veículos. Uma longa fila de caminhões se formou no local e a movimentação só voltou ao normal no fim da tarde de ontem. A maioria dos veículos transportava açúcar, álcool , cimento e trigo.

Segundo o diretor do porto, Domício Silva, o prejuízo foi enorme. "Somente cinco navios que estavam atracados para o carregamento de açúcar e cimento tiveram juntos prejuízo estimado em 60 mil dólares", afirmou Silva.

À tarde, integrantes da CPU e do MST participaram de passeata em protesto contra a falta de segurança. Eles se solidarizaram com PMs que se aquartelaram semana passada, reivindicando um reajuste de 88,55%.




Fonte: O Dia On Line

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