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Repórter News - reporternews.com.br
Cidades/Geral
Segunda - 23 de Abril de 2007 às 10:19

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Os acidentes de trânsito já se tornaram a principal causa de morte entre jovens de 10 a 24 anos no mundo. Ocorrem mais de 1 milhão de mortes por ano, sendo 400 mil das vítimas jovens. Outros 50 milhões de pessoas sofrem algum tipo de acidente de trânsito todos os anos.

Os dados são da Organização Mundial da Saúde (OMS), que hoje abre a primeira conferência internacional para lidar com o problema e sugerir um plano para limitar as mortes. A iniciativa conta com o apoio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do primeiro-ministro britânico Tony Blair, que enviaram mensagens à reunião.

Segundo a OMS, o problema é mais grave nos países em desenvolvimento, onde as estradas não são adequadas, não há um controle rigoroso das medidas de segurança e muitos carros estão circulando sem autorização. De cada quatro acidentes fatais no mundo, três ocorrem nos países em desenvolvimento.

De acordo com a OMS, os acidentes de carros custam ao mundo prejuízos de US$ 518 bilhões. Em alguns países mais pobres, principalmente na Ásia, o custo chega a ser equivalente a 1,5% do PIB (Produto Interno Bruto) nacional. Em outros, na África, os prejuízos são superior à ajuda que esses governos recebem do exterior para a luta contra a pobreza.

No Brasil, a situação é considerada como grave pelos especialistas da OMS. O País tem prejuízos de US$ 22 bilhões. Apenas nas estradas federais são mais de 65 mil feridos e quase 7 mil mortos por ano.

"Essa situação não pode ser considerada um mero acidente. Não podemos considerar que esses choques entre carros sejam inevitáveis", disse Margaret Chan, diretora da agência da ONU para a Saúde.

Entre as crianças até dez anos, infecções respiratórias, aids e diarréia são as principais causas de morte. Mas entre dez e 24 anos, a situação é diferente e as estradas do mundo se tornam o principal problema. Segundo o Banco Mundial, nos próximos 20 anos, as perdas geradas pelos acidentes de trânsito podem superar até o número de mortos pela malária e tuberculose.

Durante a conferência, alguns dos pontos que serão tratados é o limite no uso de álcool pelos motoristas. Um controle rígido desses níveis de bebida poderia gerar uma queda de 20% no número de acidentes fatais no mundo.





Fonte: Tribuna da Imprensa

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