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Repórter News - reporternews.com.br
Cidades/Geral
Terça - 03 de Abril de 2007 às 14:04

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No cadastro dos empregadores que exploram a escravatura, atualizado ontem, segunda-feira, 2, pelo MTE (Ministério do Trabalho e Emprego), aparecem 14 proprietários de fazendas situadas aqui em Mato Grosso.

O MTE listou 164 donos de imóveis rurais, tidos como infratores. Pará e Maranhão são os territórios com maior volume de registros acusando o trabalho escravo. A atualização do cadastro é semestral e consiste basicamente na inclusão de empregadores cujos autos de infração não estejam mais sujeitos aos recursos na esfera administrativa (decisão definitiva, pela subsistência).

E os nomes só são retirados da lista de exclusão quando, ao longo de dois anos, contados de sua inclusão no cadastro, obtiverem êxito em sanar irregularidades identificadas pela inspeção do trabalho e atenderam aos requisitos previstos em portaria do MTE. Caso contrário, o nome permanece na relação.

A empresa de Mato Grosso com mais tempo de permanência na listagem do MTE, é a Destilaria Gameleira, instalada na fazenda Gameleira, situada aos arredores do município de Confresa. Desde novembro de 2003 na relação, consta no cadastro do ministério que dessa empresa fiscais do trabalho e a Polícia Federal libertaram 318 pessoas que eram forçadas a trabalhar em regime de esvravatura.

O primeiro nome que aparece na lista dos 164 empregadores que exploram trabalhadores chamados de escravos, é o da A.S. Carvão e Logística Ltda. Essa carvoaria, segundo o cadastro do MTE, funcionava até dezembro do ano passado na fazenda Santa Terezinha, em Nova Ubiratã. De lá, os fiscais do ministério libertaram nove funcionários empregados de modo degradante.

A Alcoopan Álcool do Pantanal Ltda, é a nona da lista. Instalada na fazenda Olho D’Água, o dono desse empreendimento, segundo os fiscais do trabalho, empregava 318 pessoas que desempenhavam suas funções em situações consideradas impróprias. Antenor Santos Alves Júnior, aparece como o 17° da relação. Fiscais do trabalho libertaram 188 empregados que trabalhavam em regime de escravidão na fazenda Maringá, em Novo São Joaquim. Alves Júnior consta na lista suja do MTE desde junho de 2004.

Três posições acima, na 20ª, surge o nome Antonio Carlos Françolin, dono da fazenda Taiaçu, situada em Vila Rica. Pela descrição da lista do MTE, Françolin tocava na propriedade o projeto Beleza Oeste. De lá, os fiscais do trabalho libertaram oito empregados.

Eis o restante da lista onde aparecem os proprietários rurais mato-grossenses que foram flagrados pelos fiscais do MTE explorando o trabalho escravo para tocar suas atividades econômicas.

Caetano Polato, dono da fazenda Vale do Rio Verde (8 empregados libertados). Carlos Newton Vasconcelos Bonfim, proprietário da fazenda Brasília, em Alto Garças (124 empregados libertados).

Darcy Getúlio Ferrarin, dono da fazenda Santa Maria da Amazônia, que fica em Sorriso (8 empregados libertados, segundo a lista do MTE).

Leandro Mussi, da fazenda Aeroporto, em Sinop (53 empregados libertados). Neuri Antonio Frozza, da fazenda Liberdade, em Jaciara (44 empregados libertados). Pinesso Agropastoril, instalada na fazenda Mutum, na cidade de Dom Aquino (52 empregados libertados).

Renato Bernardes Figueiras, da fazenda Santa Eulália, que fica em Tapurah (24 funcionários libertados).

Sandra Vilela, da fazenda Nossa Senhora Aparecida, localizada em Nova Ubiratã (126 libertados).

Susete Jorge Xavier, dona da fazenda Jurena, que fica em Nova Bandeirantes (140 empregados libertados).





Fonte: Midia News

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