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Cidades/Geral
Terça - 03 de Abril de 2007 às 06:15
Por: Josi Costa

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Ausência de salva-vidas, falta de delimitação para a prática de esporte náutico e venda de bebidas para menores, são algumas das irregularidades presenciadas sábado (31) pelo banhista Edson Goes, na Lagoa Trevisan, no trevo de acesso a Santo Antônio do Leverger. No dia 27 de março, o adolescente Odair Neves da Silva, 15, de Várzea Grande, morreu afogado no local.

Indignado com a total falta de estrutura no local, Goes foi uma das quatro vítimas de atropelamento na lagoa. O banhista estava na margem do lago e, mesmo assim, teve as costas atingida duas vezes por um jet sky. "Eles entravam na água com latinha de cerveja e pilotavam am alta velocidade perto dos banhistas".

As fotos feitas por ele devem servir de documento para indiciar os infratores. Segundo ele, outras três pessoas foram atingidas pelos pilotos de jet sky. Um deles com suspeita de trauma na coluna cervical, outro sofreu um corte na cabeça e o terceiro foi atingido nas costas. As vítimas foram encaminhadas pelo Samu ao Pronto-Socorro de Cuiabá.

Goes afirma ainda ter presenciado o jet sky sendo pilotado por menores e crianças comprando bebida alcoólica livremente para os pais. Goes acionou a Polícia Militar por volta das 17h, mas até as 20h30, quando saiu de lá, nenhum policial havia aparecido. "Não sou contra nenhum tipo de esporte, mas é preciso delimitar uma área que não coloque a vida dos banhistas em risco". Segundo ele, havia cerca de 150 crianças no local.

Outro lado - Segundo o capitão de corveta, Adocílio Cândido Tenório, comandante da Agência da Marinha em Cuiabá, a Lagoa Trevisan não tem autorização para oferecer esporte náutico. Ele garantiu ainda que a área será fechada por estar funcionando irregularmente e de forma clandestina, já que é frequentada por terceiros.

Em justificativa à Marinha, Rodrigo Trevisan, um dos responsáveis pela lagoa, disse que os banhistas são orientados por intermédio de placas afixadas ao longo da área. Disse ainda que a direção sempre prestou socorro em casos de acidentes, inclusive fatais. Trevisan acrescentou que a fiscalização quanto a habilitação cabe à Marinha e não aos proprietários. Tenório disse ainda que vai instaurar inquérito para apurar os atropelamentos e as irregularidades denunciadas sobre a área. A reportagem tentou identificar as outras vítimas, mas elas não foram localizadas.




Fonte: A Gazeta

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