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Repórter News - reporternews.com.br
Cidades/Geral
Sexta - 30 de Março de 2007 às 15:44

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Dezenas de famílias ligadas ao movimento dos Trabalhadores Rurais Assentados e Acampados de Mato Grosso (MTA) comemoraram na última quinta-feira (29), na praça central do município de Campo Verde, a emissão de posse da fazenda Boa Esperança. A área foi declarada de interesse público , para fins de reforma agrária em 2003, mas o proprietário não concordou com o valor de R$ 47 milhões de indenização e recorreu na Justiça.

Na segunda-feira o fazendeiro perdeu o último recurso no Supremo Tribunal Federal (STF). Representantes da Procuradoria Nacional do Incra, da superintendência Regional e Oficiais de Justiça estiveram na fazenda para entregar a precatória ao fazendeiro. A partir de hoje (30), 540 famílias do MTA serão assentadas no local.

"É um sonho que se torna realidade. Muitos desanimaram e abandonaram a luta mas, os companheiros que acreditaram agora serão assentados", comemorou Benedito Correa, um dos coordenadores do MTA.

De acordo com o deputado Zé Carlos do Pátio (PMDB), as famílias do assentamento deverão trabalhar com hortifrutigranjeiros, apiários e piscicultura, fazendo com isso, uma melhor distribuição de renda dentro da área. "Buscamos outras alternativas e já pedimos uma audiência pública, dentro de um prazo de no máximo um mês, para discutir o futuro dessas famílias", disse o deputado. De acordo com o parlamentar devem participar da audiência representantes da Eletronorte, Funasa, Incra, Governo do Estado e município para discutir as alternativas para o desenvolvimento da agricultura familiar. "A partir de agora, os trabalhadores poderão entrar na terra e é preciso viabilizar habitação, energia elétrica, água, financiamento e, infraestrutura necessária para as famílias".

O prefeito de Campo Verde, Dimorvan Alencar (PR) reforçou a iniciativa, disponibilizando os trabalhos da prefeitura para auxiliar na infra-estrutura do assentamento, tornando-o modelo para os demais do país, através de serviços como creches, escolas, tratamento de saúde e transporte público.

Segundo o superintendente do Incra, Leonel Wohffahrt, o Incra estará "disponibilizando as primeiras estruturas para as famílias, como alimentação, água, barracas e topografia do local", disse Leonel.

De acordo com o procurador geral do Incra, Valdez Adriani Farias, além das causas de desapropriação, Mato Grosso possui um grande número de processos de retomada de terras públicas, que somam cerca de 100 mil hectares. "Essas áreas foram griladas e nós estamos na justiça tentando retomá-las para destinar a reforma agrária", disse Valdez.





Fonte: 24HorasNews

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