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Cidades/Geral
Quinta - 29 de Março de 2007 às 21:14

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O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil em Mato Grosso, Francisco Faiad, rebateu as críticas formuladas pelo senador Gilvam Borges (PMDB-AP), que classificou como “excrecência que precisa ser abolida” a realização do Exame de Ordem como método de ascenção dos bacharéis em Direito para o mercado de trabalho na advocacia. Segundo Faiad, o senador deveria se preocupar em fiscalizar a qualidade do ensino jurídico no Brasil e os investimentos públicos na educação.

Faiad sugeriu ao senador do Amapá deveria se inteirar mais sobre o Exame de Ordem antes de tecer críticas sem fundamentos. “Ainda mais neste momento em que está ocorrendo a federalização, que vai acabar, definitivamente, com aqueles candidatos que procuravam locais onde o Exame de Ordem sempre foi menos rigoroso. Portanto, há algo de muito estranho nas palavras do senador” – acrescentou.

Gilvan é dono de um conglomerado de comunicação no Amapá. Contra ele recaem suspeitas sobre os projetos de expansão do Sistema Beija Flor de Rádio Difusão. Autor da proposta que tenta acabar com o Exame de Ordem, o senador domina o sistema de rádio difusão em Macapá e é acusado de estar se esforçando para monopolizar as regiões ribeirinhas do estado e do vizinho Pará, criando uma cadeia de rádios comunitárias. “Quer me parecer que, definitivamente, não é o Exame de Ordem que é uma excrecência” – ironizou o presidente da OAB.

“Ao contrário do que afirma esse senador, o Exame de Ordem é sério e prova a cada realização que a qualidade do ensino jurídico no Brasil vai de mal a pior”. O presidente da OAB em Mato Grosso acredita que o Exame de Ordem pode até vir a ser abolido quando se constatar, de fato, que a educação se transformou em prioridade pública e não somente meros discursos políticos. Faiad lembrou, por sinal, que, imediatismos como esse do senador Gilvan é que transformaram a atividade parlamentar no Brasil em sinônimo de coisa perniciosa, recheada de suspeitas pelos seus mais variados jogo de interesses, totalmente divorciados das questões mais pontuais do interesse público.





Fonte: 24HorasNews

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